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Funcionários da Petrobras fazem greve contra venda de ativos

Funcionários da Petrobras iniciaram uma greve nos campos terrestres da Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará contra a venda de ativos


	Petrobras: locais em greve somam produção de pouco menos de 200 mil barris de óleo equivalente por dia
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: locais em greve somam produção de pouco menos de 200 mil barris de óleo equivalente por dia (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 20h39.

Rio de Janeiro - Os funcionários da Petrobras iniciaram uma greve nos campos terrestres da Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará contra a venda de ativos nestas regiões, que terá duração de cinco dias, contando a partir de segunda-feira, afirmou à Reuters nesta terça-feira o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, Deyvid Bacelar.

Segundo Bacelar, os locais em greve somam produção de pouco menos de 200 mil barris de óleo equivalente por dia e já registram interrupções da produção devido aos protestos.

"Na Bahia, por exemplo, estamos com uma adesão forte. No segundo dia de greve, já paramos a produção em algumas estações e, em mais três ou quatro dias, devemos conseguir interromper tudo", afirmou Bacelar, à Reuters.

A Petrobras anunciou neste ano a intenção de vender 98 concessões de produção, além de seis blocos exploratórios, totalizando 104 concessões terrestres nos Estados que estão em greve e mais Sergipe. A produção total de óleo desses ativos, segundo a Petrobras, é de cerca de 35 mil barris por dia.

Procurada, a Petrobras não pode responder imediatamente os pedidos de comentários.

Em uma carta enviada aos petroleiros nesta terça-feira, compartilhada por Bacelar, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que a greve prevista para essa semana não considera "o momento dificílimo que a empresa vive e que a realidade financeira da Petrobras exige decisões urgentes".

Segundo o presidente, na carta, a empresa está enfrentando a mais grave crise financeira de toda a história da empresa, com endividamento superior a 120 bilhões de dólares.

"Este valor supera a dívida externa de mais de 85 por cento de todos os países do mundo, segundo dados do Banco Mundial, e nos coloca como a terceira empresa não financeira e de capital aberto mais endividada do mundo", disse o presidente na carta, segundo o sindicalista.

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