Frota afirma que PSL "não passará mão na cabeça de bandido"
Vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que assunto sobre acusações de candidaturas laranjas a Bebianno está restrito ao ministro e ao PSL
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de fevereiro de 2019 às 21h46.
Brasília - Diante das acusações de parlamentares da oposição, o deputado Alexandre Frota (SP) saiu em defesa do seu partido, o PSL, e disse que a sigla "não passará a mão na cabeça de bandido". Da tribuna do plenário, ele afirmou que a sigla punirá quem estiver envolvido com um suposto caso de candidaturas laranjas do partido nas eleições do ano passado.
"Ontem foi falado aqui, pelos deputado de esquerda, que o PSL é um partido de laranja. Seja quem for, ministro, secretário ou deputado, laranja podre aqui vai pagar", disse. Reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que o PSL, partido de Bolsonaro, teria financiado uma candidatura laranja em Pernambuco em outubro de 2018. Bebianno era o presidente da sigla na época.
Frota aproveitou o breve discurso para contra-atacar parlamentares do PT. "Ao contrário do PT, nós não passamos a mão na cabeça de bandido. E eles perguntam: 'cadê o Queiroz?' E eu pergunto: cadê o dinheiro? Cadê os R$ 40 bilhões dos Jogos Olímpicos, os R$ 30 bilhões da Copa do Mundo? Cadê os R$ 121 bilhões desviados da Petrobras? Cadê os R$ 65 milhões da UNE? Cadê os R$ 11 milhões repassados por blogueiros do PT?", questionou.
Mourão
Questionado sobre a possibilidade de afastamento do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, do governo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que é preciso aguardar e que o assunto está restrito a Bebianno e ao PSL.
Mais cedo, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), filho de Jair Bolsonaro, escreveu no Twitter que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência mentiu ao afirmar que teria conversado três vezes com o presidente na terça-feira, (1).
Ele também publicou um áudio que indica ter sido gravado pelo presidente em que Bolsonaro diz a Bebianno que não falará com ninguém. Ao ser questionado por jornalistas para comentar o vazamento, Mourão disse que não iria se meter neste assunto.