Brasil

Freixo acusa Paes de favorecer milicianos

Candidato do PSOL citou a forma escolhida pela atual gestão para realizar a licitação do transporte alternativo como principal indicador do apoio a miliciano


	Marcelo Freixo (PSOL): "Ele (Paes) não é dono de milícia, mas tem responsabilidade no crescimento das milícias, eu digo abertamente"
 (Clarice Castro/Divulgação)

Marcelo Freixo (PSOL): "Ele (Paes) não é dono de milícia, mas tem responsabilidade no crescimento das milícias, eu digo abertamente" (Clarice Castro/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2012 às 20h31.

Rio - O deputado estadual e candidato do PSOL à prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, acusou nesta quinta o prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, de favorecer milicianos em sua gestão. "Ele (Paes) não é dono de milícia, mas tem responsabilidade no crescimento das milícias, eu digo abertamente", afirmou Freixo durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo.

A assessoria de Paes informou que ele não comentaria a declaração. Procurado após um evento de campanha, o prefeito disse apenas: "Deixa ele (Freixo) acusar do que quiser". O deputado, que presidiu a CPI das Milícias da Assembleia Legislativa em 2008, citou a forma escolhida pela atual gestão para realizar a licitação do transporte alternativo como principal indicador do apoio a milicianos. Freixo lembrou que uma das 58 propostas da CPI foi a necessidade de se fazer essas licitações individualmente. Segundo ele, o braço econômico das milícias é o transporte alternativo, e o controle das vans por cooperativas facilita o domínio do crime organizado.

"Todas as licitações em 2009 foram feitas com cooperativas, e é pior, eu vou além. Tem fotos do atual prefeito com donos de cooperativas, entre eles vários indiciados por nós em 2008 que hoje estão presos ou mortos, reunidos na prefeitura discutindo e ganhando a licitação das vans", afirmou. "Se não tirar deles o braço econômico e o territorial, não adianta as prisões. É uma ilusão achar que a segurança pública é um tema estadual."

Freixo também acusou o poder público municipal de "alimentar" centros sociais que funcionariam como instrumento de domínio eleitoral para milicianos. Em entrevista depois da sabatina, declarou: "Não estou dizendo que ele (Paes) seja miliciano ou que ganha dinheiro da milícia, mas que seu projeto político de poder relacionado às lideranças locais alimentou a milícia, como na gestão anterior. Podia ter rompido com isso. Não rompeu."

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEleiçõesEleições 2012Metrópoles globaisPolítica no BrasilRio de Janeiro

Mais de Brasil

PRTB marca data de convenção para anunciar candidatura de Marçal no mesmo dia do evento de Nunes

Moraes defende entraves para recursos a tribunais superiores e uso de IA para resolver conflitos

Com negociação para definir vice, PL lança candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio

G20 inicia nesta semana de encontros econômicos e sociais no Rio

Mais na Exame