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França anuncia medidas para intensificar segurança

Dentre elas, está fornecer melhores armas e proteção para suas forças de segurança


	Polícia da França durante busca a suspeitos: as novas medidas de segurança incluem o aumento da captação de informações de inteligência sobre jihadistas e outros radicais
 (François Nascimbeni/AFP)

Polícia da França durante busca a suspeitos: as novas medidas de segurança incluem o aumento da captação de informações de inteligência sobre jihadistas e outros radicais (François Nascimbeni/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 12h30.

Paris - O governo da França anunciou nesta quarta-feira várias medidas para conter o terrorismo doméstico, dentre elas fornecer melhores armas e proteção para suas forças de segurança, contratar mais agentes e criar uma base de dados melhor para suspeitos de ligações com extremistas.

As medidas, detalhadas pelo primeiro-ministro Manuel Valls, foram divulgadas no mesmo dia em que foram indiciados os primeiros suspeitos de fornecer apoio logístico a um dos homens que realizou os ataques em Paris.

"Não existe algo como risco zero, mas devemos tomar todas as medidas necessárias", declarou o premiê em coletiva de imprensa transmitida pela televisão, após reunião de gabinete.

As novas medidas de segurança incluem o aumento da captação de informações de inteligência sobre jihadistas e outros radicais, o que será feito, em parte, facilitando o grampeamento de telefones.

Valls disse que os provedores de internet e as redes sociais "tem a responsabilidade legal, sob a lei francesa" de atender às novas medidas.

Cerca de 2.600 agentes de contraterrorismo serão contratados, 1.100 deles especificamente para serviços de inteligência. Segundo o primeiro-ministro, é necessário vigiar cerca de 3 mil pessoas com ligações com a França, algumas em território francês, outras no exterior, que teriam ligação com o terrorismo.

Autoridades dizem que mais de 1.200 cidadãos e moradores da França têm ligação com a jihad estrangeira. O Ministério da Defesa disse na quarta-feira que cerca de dez pessoas que foram para a Síria ou o Iraque para lutar são ex-soldados franceses.

Mas o ministro Jean-Yves Le Drian afirmou que o fenômeno continua a ser "extremamente raro".

Três policiais estão entre as 17 vítimas dos terroristas em Paris. Desde então, o primeiro-ministro afirmou que a melhoria das armas e de equipamentos de proteção dos oficiais está entre as principais prioridades do governo.

A França vai gastar 425 milhões de euros (US$ 490 milhões) nos próximos três anos na luta contra o terrorismo, disse Valls.

A França tem fortalecido repetidamente suas leis de contraterrorismo nos últimos anos, dentre elas uma medida aprovada em novembro que se concentra em evitar que extremistas franceses se unam aos combatentes no exterior.

Outra medida, que deve entrar em vigor nas próximas semanas, vai permitir que as autoridades peçam aos provedores de serviço de internet que bloqueiem sites que glorifiquem o terrorismo. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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