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Fraga diz que Aécio irá buscar estreitar relações com os EUA

Segundo ex-presidente do BC, candidato do PSDB deverá finalizar o tão adiado acordo de livre comércio com a União Europeia

Ex-ministro da Fazenda Armínio Fraga durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro (Sergio Moraes/Reuters)

Ex-ministro da Fazenda Armínio Fraga durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 20h35.

Washington - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, deve buscar estreitar os laços do Brasil com os Estados Unidos e finalizar o tão adiado acordo de livre comércio com a União Europeia, caso vença as eleições no próximo dia 26, afirmou o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga nesta sexta-feira.

O candidato do PSDB, preferido pelos mercados por prometer uma política econômica mais ortodoxa, disputa um segundo turno apertado com a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT).

"Nós queremos voltar para uma abordagem mais ampla, mais aberta da política internacional", disse Fraga, escolhido por Aécio para comandar o Ministério da Fazenda, em caso de vitória tucana.

"Eu tenho certeza que nós vamos nos aproximar muito mais dos Estados Unidos e vamos tentar concluir as negociações com a União Europeia", acrescentou.

As relações entre os Estados Unidos e o Brasil ficaram tensas no ano passado, após revelações de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA espionou a presidente Dilma, no esquema de espionagem de comunicações revelados pelo ex-analista da NSA, Edward Snowden.

As tensões entre os dois países começaram a diminuir recentemente, após uma série de acordos diplomáticos que incluiu o fim a uma disputa sobre subsídios ao algodão.

Enquanto isso, o Brasil e seus parceiros comerciais do Mercosul --Argentina, Uruguai e Paraguai-- emperraram nas negociações com a União Europeia para um acordo de livre comércio que está sendo negociado há quase duas décadas.

A economia brasileira entrou em recessão técnica este ano e a inflação atingiu o maior patamar em quase três anos em setembro, superando a meta de inflação, de 4,5 por cento, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais.

Na quinta-feita, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou a projeção para crescimento da economia brasileira no próximo ano em 0,6 ponto percentual, para 1,4 por cento. A estimativa para expansão da economia em 2014 foi reduzida de 1,3 por cento para 0,3 por cento.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acusou o FMI de exagerar nas estimadas de desaceleração da economia do país.

"Afirmações recentes do FMI sobre o Brasil têm sido contraditórias", disse Mantega em um comunicado preparado para ser apresentado ao FMI.

Segundo o ministro, alguns documentos atribuem a desaceleração brasileira a problemas internos, enquanto outros relatórios recentes do FMI concluíram que fatores externos têm sido responsáveis por 60 por cento da desaceleração do crescimento.

"Talvez o FMI precise considerar mais cuidadosamente suas avaliações sobre economias nacionais antes de publicá-las", disse.

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