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Fipe prevê inflação de 1,15% em SP em janeiro

Possível desaceleração da inflação nos alimentos fez coordenador do índice reduzir a previsão de alta no mês

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 12h14.

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Antonio Evaldo Comune, reduziu hoje, de 1,20% para 1,15%, a projeção para a taxa de inflação do fim de janeiro na capital paulista. Em entrevista, ele afirmou que revisou para baixo a estimativa para o indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) por conta da interpretação um pouco melhor que fez sobre o comportamento atual do grupo Alimentação, especialmente em virtude da alta menor no preço da carne, grande vilã dos aumentos do fim de 2010.

Ele ressaltou, porém, que as chuvas intensas que vêm caindo na cidade são uma ameaça ao futuro dos preços dos alimentos in natura.

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Hoje, a Fipe divulgou que o IPC apresentou alta de 0,61% na primeira quadrissemana de janeiro. O resultado, apesar de mostrar uma aceleração ante a taxa de 0,54% do fim de dezembro, ficou dentro das estimativas dos economistas do mercado financeiro, que aguardavam uma variação entre 0,50% e 0,66%.

No período pesquisado, o grupo Alimentação apresentou alta de 1 39%, praticamente idêntica à variação positiva de 1,38% do fechamento de dezembro. O destaque de desaceleração do levantamento foi o comportamento do preço da carne, que subiu 0 52% ante o avanço anterior bem mais expressivo, de 2,03%. "Os preços melhoraram bem", avaliou Comune.

Segundo ele, enquanto a carne está se tornando uma nova aliada da inflação, ainda há grandes dúvidas sobre o comportamento dos preços dos alimentos in natura, cuja alta chegou a 4,00% na primeira quadrissemana de janeiro ante variação de 1,49% no fim de dezembro. "Nossa estimativa para o IPC de janeiro leva em conta a média da inflação do mês. As chuvas que estão atingindo São Paulo são um sinal amarelo, que já está se tornando um sinal cor de abóbora para a inflação", brincou, lembrando que o IPC já está sendo pressionado pelo reajuste de ônibus de 11,11% autorizado pela prefeitura do município e pelo aumento nos preços das mensalidades escolares.

Para o coordenador do IPC, o mais recomendável é aguardar quais serão os reflexos das chuvas nos preços dos alimentos in natura nas próximas semanas. Enquanto estes impactos não são detectados na íntegra pelo IPC, ele prefere trabalhar com uma previsão de alta de 1,30% para o grupo Alimentação como um todo para o fim de janeiro em São Paulo.

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