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Fiocruz solta mosquitos de laboratório no RJ para combater dengue

Milhares de mosquitos Aedes aegypti foram inoculados com uma bactéria e a expectativa é que eles infectem outros mosquitos, que ficarão estéreis

Aedes aegypti: os mosquitos foram soltos nos bairros de São Francisco, Charitas, Preventório e Grota (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)
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Agência Brasil

Publicado em 26 de abril de 2017 às 15h35.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) soltou milhares de mosquitos Aedes aegypti em Niterói, nesta quarta-feira (26), com objetivo de combater os vírus da dengue e da chikungunya.

Os insetos foram inoculados com a bactéria Wolbachia e a expectativa é que eles infectem outros mosquitos, que ficarão estéreis, o que acarretará, aos poucos, na redução da população.

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Os mosquitos foram soltos nos bairros de São Francisco, Charitas, Preventório e Grota.

O método desenvolvido pela Fiocruz já foi adotado em 2012, na Ilha do Governador, e em outros locais de Niterói, como Jurujuba.

Os resultados coletados pelos cientistas são satisfatórios.

A Wolbachia vive apenas dentro de células, o que impõe limitações significativas na sua capacidade de dispersão, uma vez que ela só pode ser transmitida verticalmente, de mãe para filho, por meio do ovo da fêmea de mosquito.

Fêmeas com Wolbachia sempre geram filhotes com Wolbachia no processo de reprodução, seja ao se acasalar com machos sem a bactéria ou machos com a bactéria.

E, quando as fêmeas sem Wolbachia se acasalam com machos com a Wolbachia, os óvulos fertilizados morrem.

Inicialmente, a vantagem reprodutiva será pequena já que haverá poucos mosquitos com Wolbachia na população total.

Mas, com as sucessivas gerações, o número de mosquitos machos e fêmeas com Wolbachia tende a aumentar até que a população inteira de mosquitos tenha esta característica.

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