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Fiocruz indica estabilização de casos de Síndrome Respiratória Aguda
Quinze das 27 unidades federativas ainda apresentam tendência de alta, mas cenário de crescimento foi interrompido na média nacional
Agência O Globo
Publicado em 13 de fevereiro de 2022 às 14h19.
O mais recente Boletim InfoGripe, da Fiocruz , mostra um sinal de interrupção na tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, embora alguns estados ainda estejam apresentando sinais de crescimento. O documento, divulgado nesta sexta-feira, tem como base os dados inseridos no SivepGrip de 1º a 31 de janeiro.
Ao todo, já foram notificados 48.008 casos de SRAG este ano, sendo 25.223 (52,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Desse total, os casos de Covid-19 representam a maioria das ocorrências (87,4%), seguido de influenza A (3,9%), influenza B (0,1%) e vírus sincicial respiratório (1,4%).
O freio ao crescimento do número de casos foi puxado por oito estados: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Sergipe e São Paulo, onde foi observado sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), sendo que no Ceará e em São Paulo também há sinal de queda na tendência de curto prazo (últimas três semanas). No Maranhão e em Pernambuco, a tendência de curto prazo aponta nível moderado de crescimento.
Ainda segundo a análise da Fiocruz, 15 das 27 unidades federativas apresentaram sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) nesse período: Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Outros cinco estados apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas três semanas): Amapá, Maranhão, Pará, Pernambuco e Rondônia.
Em relação à evolução dos casos e óbitos de SRAG, o Boletim aponta um cenário nacional de interrupção do crescimento em todas as faixas etárias da população adulta. Na faixa etária de 20 a 29 anos, que já havia iniciado processo de queda no início de janeiro, foi observado possível interrupção na tendência de queda. Entre crianças e adolescentes (0 a 17 anos) verificou-se manutenção da tendência de queda iniciada na virada do ano.