Jornal destaca que a Bovespa subiu 17% desde a entrada de Marina na corrida eleitoral, resultado da expectativa de que ela pode aliviar os males estruturais do país (Alexandre Severo/EXAME)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 11h18.
Londres - A prestigiosa seção "The Lex Column" do jornal britânico Financial Times questiona o pragmatismo econômico prometido pela candidata Marina Silva. Em texto publicado na edição impressa desta quarta-feira, 3, a publicação diz que "Marina Silva ainda é pouco conhecida. Isso não significa que ela seja diferente".
A nota com o título "Brasil" destaca que a Bolsa de São Paulo subiu 17% desde a entrada da ex-ministra do Meio Ambiente na corrida eleitoral.
A subida dos preços, explica o texto, é resultado da expectativa de que Marina pode ajudar a aliviar os males estruturais do país. "Inflação, corrupção e a má gestão das empresas estatais são mais aparentes agora que o crescimento o boom das commodities perderam força", diz o texto.
"Apesar da manifestação e da promessa de Marina Silva de menor interferência do Estado", o valor de mercado das principais estatais brasileiras continua "medíocre", diz o FT.
"Na verdade, a Bovespa como um todo ainda é negociada com um desconto na comparação com demais mercados emergentes. Isso ainda pode atrair mais investidores", completa o texto.
Mesmo com o espaço para a valorização de estatais como as citadas Petrobras e Banco do Brasil, o FT demonstra cautela e certo pessimismo com a candidatura de Marina Silva.
"Todos os governos no Brasil, uma vez no poder, são tentados a interferir nas empresas estatais para conter a inflação. Marina Silva ainda é pouco conhecida. Isso não significa que ela seja diferente", diz o texto.