Brasil

Filho de aliado de Cabral, Leonardo Picciani ocupará Secretaria de Saneamento Ambiental do governo

Leonardo Picciani é filho de Jorge Picciani, que presidiu a Alerj e foi preso em 2017 e condenado em 2019 a 21 anos de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região

Leonardo Picciani é filho de Jorge Picciani, que presidiu a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e morreu em 2021 em decorrência de um câncer na bexiga (José Cruz/Agência Brasil)

Leonardo Picciani é filho de Jorge Picciani, que presidiu a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e morreu em 2021 em decorrência de um câncer na bexiga (José Cruz/Agência Brasil)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 8 de março de 2023 às 11h11.

O ex-deputado federal Leonardo Picciani (MDB-RJ) foi nomeado nesta quarta-feira como Secretário Nacional de Saneamento Ambiental, cadeira vinculada ao Ministério das Cidades, comandado pelo seu correligionário, Jader Filho. Picciani era o nome defendido pela bancada do MDB da Câmara para assumir o posto.

Como o GLOBO mostrou, o MDB, juntamente com o União Brasil, comanda 54% da verba disponível na Esplanada. O caixa robusto tem motivado uma intensa disputa de políticos por cargos de segundo e terceiro escalões na estrutura dessas pastas.

Leonardo Picciani é filho de Jorge Picciani, que presidiu a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e morreu em 2021 em decorrência de um câncer na bexiga. Jorge Picciani era o aliado de primeira hora do ex-governador do estado, Sergio Cabral, e foi investigado pela Lava-Jato por corrupção. Ele foi preso em 2017 e condenado em 2019 a 21 anos de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região.

Leonardo Picciani foi ministro do Esporte no governo de Michel Temer, que assumiu após o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT), sucessora de Lula. O então parlamentar, no entanto, votou contrário à abertura do processo conta a ex-presidente.

A confirmação da indicação do nome de Picciani é peça importante na definição de apoio da bancada do MDB — hoje com 42 parlamentares — ao governo. Deputados afirmaram reservadamente ao GLOBO que a escolha dos ocupantes das secretarias de Habitação, Mobilidade Urbana e Saneamento Ambiental definiria a participação ou não da legenda na base.

A principal disputa do MDB no Ministério das Cidades era pela Secretaria da Habitação, que o ministro Jader Filho (MDB-PA) emplacou Hailton Madureira de Almeida. O posto é considerado a joia da coroa por ser responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida. A bancada do partido, contudo, defendia a indicação do ex-deputado Maurício Quintella (MDB-AL). Por outro lado, Picciani era o nome favorito dos parlamentares para a Secretaria de Saneamento Ambiental.</

Acompanhe tudo sobre:Meio ambiente

Mais de Brasil

STF mantém prisão de Daniel Silveira após audiência de custódia

Suspeitas de trabalho análogo à escravidão em construção de fábrica da BYD na Bahia

PF abre inquérito para apurar supostas irregularidades na liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas

Natal tem previsão de chuvas fortes em quase todo o país, alerta Inmet