Membros da Fifa e do comitê organizador da Copa visitam Maracanã: Fifa não se preocupa com calor de algumas cidades-sede do Mundial e com variação de temperatura (Ricardo Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2014 às 11h20.
São Paulo - Faltando pouco mais de dois meses para a Copa do Mundo, a Fifa não se preocupa com o calor de algumas cidades-sede do Mundial e com a variação de temperatura que será encarada por seleções que atravessarão o Brasil durante a Copa. A avaliação é do diretor médico da entidade, Jiri Dvorak.
"Nós fizemos testes durante a Copa das Confederações no ano passado e eu pessoalmente fiz questão de visitar Manaus, que é considerada muito quente pela opinião pública, mas não fiquei tão surpreso ou desafiado pelas condições climáticas de lá", disse Dvorak, que já visitou todas as sedes da Copa.
Para o médico, não haverá alto risco para os jogadores nas partidas sob maior calor.
"Nós estamos acostumados a ver a todo momento jogos de futebol praticados em condições climáticas extremas e, comparado ao resto do mundo, acredito que o desafio no Brasil seja moderado", comentou, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.Paulo.
"Claro que no Nordeste do país existem cidades que podem ter uma temperatura elevada nos meses de junho e julho, mas isso depende de vários aspectos, como vento, irradiação solar, quantidade de nuvens. Então fomos olhar as estatísticas nesse período nos últimos dez anos e consideramos os riscos moderados", justificou.
Dvorak também se mostra tranquilo em relação aos serviços médicos que serão oferecidos às seleções durante o Mundial.
"Fizemos uma preparação nos últimos quatro anos e tivemos muitos testes na Copa das Confederações. Então estamos confortáveis com os serviços médicos no Brasil, para os times nos campos de treinamento, mas também nas 12 cidades durante e após os jogos, não somente para os atletas, mas também para as delegações da Fifa", declarou.