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Fiesp quer excluir China como economia de mercado

Segundo Paulo Skaf, o status comercial concedido pelo Brasil a China é prejudicial e dificulta a aplicação de sanções contra produtos importados de maneira irregular

Fiesp: Skaf sublinhou a entrada de bens de consumo chineses de forma ilegal no país (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

Fiesp: Skaf sublinhou a entrada de bens de consumo chineses de forma ilegal no país (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 18h47.

São Paulo - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, pediu hoje ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, que o governo brasileiro deixe de reconhecer a China como uma economia de mercado. Segundo ele, o Brasil tem um relacionamento comercial com o país asiático, mas é preciso reconhecer que uma parte considerável dos produtos fabricados na China, que ingressam no mercado brasileiro, entram de forma ilegal. "Somos favoráveis ao comércio internacional, contudo repudiamos práticas desleais de comércio, como as praticadas pela China. A China não é economia de mercado", disse Skaf.

De acordo com Skaf, esse status comercial concedido pelo Brasil a China é prejudicial, porque dificulta a aplicação de sanções contra produtos importados de maneira irregular. Após participar de almoço, na capital paulista, Patriota disse que a balança da relação comercial com a China é "bem favorável", pois o Brasil registra um superávit entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões e o país asiático se tornou o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Skaf fez um contraponto ao comentário do ministro. "Há um superávit geral próximo a US$ 5 bilhões, porém o Brasil registra déficit próximo a US$ 20 bilhões da balança do setor manufatureiro", ressaltou.

O chanceler observou que o governo brasileiro está atento a questões pontuais que envolvem alguns setores do comércio com a China. De acordo com o ministro, porém, não há nenhuma medida que o Brasil irá adotar no curto prazo contra aquele país. Patriota ressaltou que o Brasil faz acompanhamento permanente da relação comercial com a China e pretende fortalecê-la. Ele destacou, no entanto, que se eventualmente o governo federal for adotar medidas contra a China, isso será estudado dentro do âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC). O ministro destacou que 42% das ações antidumping no Brasil são contra produtos chineses.

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