Brasil

Fiesp critica aumento do IOF para conter o consumo

Paulo Skaf reclamou que governo não deveria combater o aumento do consumo e voltou a pedir a queda da taxa de juros

Paulo Skaf, presidente da Fiesp: "É bom ter demanda” (Kenia Hernandes/VEJA São Paulo)

Paulo Skaf, presidente da Fiesp: "É bom ter demanda” (Kenia Hernandes/VEJA São Paulo)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 17h34.

São Paulo – O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou hoje (8) que o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para compras a prazo anunciado ontem (7) pelo governo não é suficiente para conter o consumo. O aumento, anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi de 1,5 ponto percentual para operações de crédito de pessoas físicas. Com isso, a alíquota para esse tipo de operação, que era de 1,5%, dobrou para 3%.

Segundo Skaf, é preciso que o país não tenha medo do consumo, porque sem ele não há investimento, crescimento e novos empregos. “Não podemos, a cada vez que se sinaliza [aumento da] demanda, tomar medidas e acabar com essa demanda. Temos que entrar em um círculo virtuoso. É bom ter demanda”. Para ele, é preciso controlar a inflação, mas é preciso também analisar onde está a origem do ciclo inflacionário e não usar o aumento de juros para contê-la.

Skaf disse ainda que é preciso buscar isonomia com o mundo no que se refere a taxas de juros e não viver com as maiores taxas do planeta, que acabam sendo um estímulo à especulação. “Se a Selic [taxa básica de juros] não fosse de 11,75%, fosse até 8%, ainda assim seria uma taxa alta, mas muito menos atrativa para o capital especulativo. A taxa também é a maior despesa que o governo federal tem. As despesas com [pagamento de] juros estão previstas em R$ 200 bilhões, enquanto as da saúde somam R$ 70 bilhões”.

Acompanhe tudo sobre:ConsumoInflaçãoImpostosLeãoIOFFiesp

Mais de Brasil

Suspensão de passaporte e CNH por dívidas? Entenda decida do STJ

Flávio Bolsonaro diz ter 'preço' para sair da corrida presidencial de 2026

Lula tem vantagem de 15 pontos sobre Flávio no segundo turno, diz Datafolha

Quantas horas dura a prova discursiva do CNU? Entenda o modelo do exame