FGV: confiança no setor de serviços recua 0,9%
Em uma escala de zero a 200 pontos, o ICS saiu de 133,3 pontos para 132,2 pontos de setembro para outubro
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2010 às 08h39.
São Paulo - O pessimismo em relação ao futuro dos negócios nos próximos meses derrubou o humor dos empresários do setor de serviços. É o que mostrou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao anunciar o Índice de Confiança de Serviços (ICS), que caiu 0,9% em outubro ante setembro. Em setembro, o indicador havia caído 1,1% em relação ao mês anterior. Em uma escala de zero a 200 pontos, o ICS saiu de 133,3 pontos para 132,2 pontos de setembro para outubro.
Pela metodologia do indicador, resultados abaixo de 100 pontos são considerados negativos e desempenhos próximos a 200 pontos são positivos. Assim como o Índice de Confiança da Indústria (ICI) e o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também produzidos pela FGV, o ICS é dividido em dois subindicadores.
O Índice da Situação Atual - S (ISA-S) mostrou taxa positiva de 3 7%, atingindo no mês passado o melhor nível da série histórica, iniciada em junho de 2008, após registrar taxa negativa de 1,0% em setembro. Já o Índice de Expectativas - S (IE-S) caiu 4,6% em outubro, após mostrar queda de 1,2% em setembro.
A boa avaliação sobre a demanda atual ajudou a manter positivo o ISA-S de outubro. Das 2.196 empresas consultadas, 28,8% avaliam a demanda atual como forte e 10,8% a classificam como fraca. Em setembro, as parcelas para estas mesmas respostas foram de 22,9% e 12,1%, respectivamente.
Entre as respostas que mais contribuíram para o cenário ruim em outubro, a previsão de piora na tendência dos negócios para os próximos seis meses foi o que mais influenciou negativamente o IE-S. A fatia de empresas pesquisadas que preveem melhora dos negócios diminuiu de 49,7% para 42,6% entre setembro e outubro. Já a parcela das que esperam piora aumentou de 3,5% para 4,7%.
A pesquisa de dados para o ICS ocorreu entre os dias 4 e 28 de outubro. O total de empresas consultadas era responsável por 759 mil pessoas ocupadas no fim de 2008, segundo informações da FGV.