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Febre amarela: ministério confirma 130 casos e 53 mortes

Das mortes, 24 foram em Minas Gerais, 21 em São Paulo, sete no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal

Febre amarela: "Precisamos da população mobilizada porque o modelo de vacinação requer campanha", disse (James Gatany/Wikimedia Commons)

Febre amarela: "Precisamos da população mobilizada porque o modelo de vacinação requer campanha", disse (James Gatany/Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 16h15.

Balanço divulgado hoje (24) pelo Ministério da Saúde informa que foram confirmados 130 casos de febre amarela no país entre julho de 2017 e janeiro deste ano, sendo 61 em São Paulo, 50 em Minas Gerais, 18 no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal. A pasta confirmou ainda 53 óbitos pela doença, sendo 24 em Minas Gerais, 21 em São Paulo, sete no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal.

Os números foram apresentados durante videoconferência entre o ministério e representantes estaduais e municipais de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia, onde serão realizadas campanhas de vacinação contra a febre amarela com uso de doses fracionadas. Entre julho de 2016 e janeiro do ano passado, mesmo período analisado pelo balanço atual, foram registrados 397 casos e 131 óbitos pela doença.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, lembrou que o número total ter diminuído, a área de circulação do vírus aumentou e chegou a grandes cidades. "Embora a área exposta este ano seja muito maior e abarque grandes cidades com maior concentração populacional do que no ano passado, esses números demonstram que a situação deste ano é muito mais controlada, se comparada ao ano passado", explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Durante a vídeo conferência, o ministro pediu empenho dos governos estaduais onde haverá campanha. "Solicito o empenho de todos nesse processo", reforçou Barros. "Fica o nosso pedido para que vocês façam o melhor esforço possível", completou.

Vacina

O ministro reforçou à imprensa que a vacina contra a febre amarela, apesar de fracionada, tem "excelente efetividade, ótima qualidade e está produzindo a imunização de forma adequada".

Ele lembrou ainda que a boa cobertura vacinal contra a febre amarela alcançada no ano passado no Espírito Santo demonstra a eficácia de se apostar em campanhas de imunização, já que o estado não registra problemas com a doença em meio ao surto deste ano.

"Precisamos da população mobilizada porque o modelo de vacinação requer campanha", disse, ao explicar que a ampola da vacina contra a febre amarela perde a validade depois de apenas seis horas aberta. "Temos vacina para vacinar todos os brasileiros. Basta que haja necessidade", concluiu.

Campanhas

Os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro iniciam amanhã (25) a imunização contra a febre amarela em municípios pré-selecionados.

Em São Paulo, 54 municípios participam da campanha, com previsão de vacinar 8,3 milhões de pessoas, sendo 6,3 milhões com a dose fracionada e 2 milhões com a dose padrão. Já no Rio de Janeiro, 7,7 milhões de pessoas deverão receber a dose fracionada e 2,4 milhões, a integral, em 15 municípios.

O início da campanha de vacinação no estado da Bahia está previsto para 19 de fevereiro. Na Bahia, 2,5 milhões de pessoas serão vacinadas com a dose fracionada e 813 mil com a dose padrão, em oito municípios, até 9 de março.

O objetivo da campanha, segundo o ministério, é evitar a expansão do vírus para áreas próximas de onde há circulação do vírus atualmente. No total, 21,7 milhões de pessoas destes municípios deverão ser vacinadas durante a campanha, sendo 16,5 milhões com a dose fracionada e outras 5,2 milhões com a dose padrão.

"A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quando há aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional", informou a pasta.

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