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Famílias de jornalistas vão processar Chapecoense por acidente

Segundo advogado, o time teria responsabilidade, apesar de não ser culpado pela queda do avião que matou 71 pessoas

Chapecoense: vice-diretor jurídico da equipe defendeu que as famílias unam forças contra os responsáveis pelo acidente (Reprodução/Twitter/Reprodução)

Chapecoense: vice-diretor jurídico da equipe defendeu que as famílias unam forças contra os responsáveis pelo acidente (Reprodução/Twitter/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 10h10.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2017 às 12h06.

Rio - O advogado João Tancredo, que defende as famílias de sete jornalistas vítimas de tragédia aérea com o voo da Chapecoense, vai processar o clube.

Segundo ele, o time teria responsabilidade, apesar de não ser culpado pela queda do avião que matou 71 pessoas.

"A Chapecoense terá que ser processada. Foi o clube que fretou a aeronave e fez o contrato com a empresa aérea. O clube tem responsabilidade sobre o transportado, ela teria que deixá-lo em seu destino", disse o advogado, que tem entre clientes as famílias do jornalista Guilherme Marques e do produtor Guilherme Van der Lars, da TV Globo.

Tancredo disse que pediu à Justiça o contrato do clube com a LaMia. "Quero saber quem ficou responsável pela indenização, em casos de acidente. Teria que ter sido feita uma apólice de seguro em nome dos passageiros. Ela é obrigatória."

O vice-diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro, defendeu que as famílias unam forças contra os responsáveis pelo acidente.

"O advogado está no direito de fazer o que quiser. Mas não somos responsáveis; somos vítimas. O ideal é nos unirmos para brigar com seguradoras, companhia aérea e com o governo boliviano."

Segundo Palaoro, uma reunião com a seguradora estava marcada para terça-feira na Bolívia, com a intenção de discutir as indenizações, mas o encontro deve ser adiado porque a companhia não teria tido tempo hábil para analisar os documentos enviados pela Chapecoense.

"O clube ofereceu levar os jornalistas porque havia assentos vagos, mas ninguém foi obrigado a entrar no voo", disse. "As pessoas que entrarem contra o clube terão caminho mais tortuoso", concluiu.

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