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Falta de coleta de lixo pode expor 30 mi ao Aedes no Brasil

Estimativa é da Abrelpe que aponta dívida de R$ 200 milhões de 400 municípios às prestadores de serviço de coleta

Local sem saneamento básico (Valter Campanato/ABr)

Local sem saneamento básico (Valter Campanato/ABr)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 16h10.

São Paulo – Por falta de pagamento às prestadores de serviço de limpeza urbana, cerca de 400 municípios brasileiros terão a coleta de lixo afetada em 2016, fator que prejudicaria o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A estimativa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) revela que cerca de R$ 200 milhões não foram pagos aos serviços de limpeza pública no último ano. Na prática, isso representa mais de 7 milhões de toneladas de resíduos sólidos que deixaram de ser coletados no período.

Segundo a Abrelpe, 30 milhões de pessoas são afetadas pela falta de limpeza e, por consequência, mais expostas ao mosquito.

“Além de acarretar danos ao meio ambiente, certamente tem contribuído para a proliferação do Aedes aegypti, levando ao aumento dos casos de dengue, febre chikungunya, zika vírus e outras epidemias já registradas do ano passado até agora”, diz em nota o diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho. 

E a explicação pelo elevado índice de inadimplência das prefeituras não pode ser atrelado somente à crise financeira do Brasil, diz Filho.

“Há diversas possibilidades de obter os recursos para custear essas atividades. O combate ao mosquito Aedes Aegypti não se faz com campanhas pontuais e nem com forças armadas, mas com aplicação de recursos para garantia do saneamento adequado”, afirma o diretor-presidente. 

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