Brasil

Falta de água leva cidade paulista a fechar escola

No município de Cristais Paulistas, com 10 mil habitantes, duas creches e três escolas estão sem funcionar, segundo a prefeitura


	Terra ressecada é vista no reservatório de Jaguari, administrado pela Sabesp, próximo de Santa Isabel, interior de São Paulo
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Terra ressecada é vista no reservatório de Jaguari, administrado pela Sabesp, próximo de Santa Isabel, interior de São Paulo (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 12h24.

São Paulo - A cidade de Cristais Paulista, a 400 quilômetros da capital, precisou fechar suas escolas, deixando mais de 2 mil alunos sem aulas devido à falta de água.

No município de 10 mil habitantes, duas creches e três escolas estão sem funcionar, segundo a prefeitura. Hospitais, postos de saúde e outros órgão públicos ainda não foram prejudicados.

Na capital paulista, muitos moradores reclamam de falta de água em diversos bairros, mas a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo não admite que esteja ocorrendo racionamento.

Hoje (21), o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece a cidade, caiu para 3,3%. Há um ano, o percentual era 38,2%.

A Agência Nacional de Águas já autorizou o uso da segunda cota da reserva técnica (volume morto) do Sistema Cantareira. A segunda cota acrescentará mais 106 bilhões de litros ao sistema.

Segundo o secretário de Obras de Cristais Paulista, Moacir Almeida de Oliveira, a previsão é que as atividades escolares sejam retomadas apenas na próxima semana.

Moacir explica que a captação de água da cidade era feita em nascentes, que estão completamente secas. Emergencialmente, a cidade passou a buscar água com caminhões-pipa no Córrego do Carmo, localizado a 5 quilômetros da cidade.

Cristais Paulista emprestou cinco caminhões-pipa de municípios vizinhos, que transportam a água até duas represas, onde passa por tratamento antes de chegar à população.

Com o racionamento oficial na cidade, moradores têm água nas torneiras em apenas três períodos do dia: entre as 6h e as 8h; das 12h às 13h30; e entre as 18h e as 20h30.

A prefeitura já anunciou estado de emergência e a decretação de estado de calamidade pública está em análise.

Em outra cidade do interior paulista, Itu, a 100 quilômetros da capital, a situação também é crítica.

Moradores sofrem com o desabastecimento desde fevereiro e alguns relatam ter ficado sem água nas torneiras por 15 dias.

Ontem (21), a população, revoltada, fechou ruas e queimou pneus em protesto contra a falta de água.

Diversos municípios paulistas adotaram racionamento ou rodízio de forma oficial. Em Guarulhos, o rodízio, implantado em março, deixa a população um dia sem água, o outro com água.

Em Bauru, os moradores tem água a cada 24 horas. Na cidade de Mauá, o revezamento ocorre de segunda-feira a sexta-feira, tendo um dia sem água a cada quatro dias com água.

Outras cidades com racionamento ou rodízio são Cruzeiro, Mirassol, Americana, Salto, Araras, Casa Branca, Barretos e São Sebastião da Grama.

Acompanhe tudo sobre:Águacidades-brasileirasEscolasMetrópoles globaissao-pauloSecas

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso