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Fachin diz que não se pode "demonizar a política"

Ministro do STF discursou na abertura de uma palestra, organizada por ele, em um dos plenários do STF, sobre Fraternidade e Humanidade no Direito

Edson Fachin: ministro disse que "não há crise institucional no Brasil", podendo o país "orgulhar-se da democracia que tem" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Edson Fachin: ministro disse que "não há crise institucional no Brasil", podendo o país "orgulhar-se da democracia que tem" (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de junho de 2017 às 12h41.

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (23), em Brasília, que não se pode "demonizar a política", afirmando, em seguida, que não está na justiça criminal "a resposta de todos os males" do Brasil.

O ministro discursou na abertura de uma palestra, organizada por ele, em um dos plenários do STF, sobre Fraternidade e Humanidade no Direito.

Ele disse que "não há crise institucional no Brasil", podendo o país "orgulhar-se da democracia que tem", mas acrescentou ser necessário avançar no que chamou de "redenção constitucional".

"Nela não está em primeiro plano a atuação hipertrofiada do magistrado constitucional, embora deva, quando chamado, responder com firmeza e serenidade. Em primeiro plano está a espacialidade da política, dos representantes da sociedade e a própria sociedade", disse.

Magistrado não deve condenar por ódio Antes, Fachin afirmou que "nenhum juiz com verdadeira vocação condena por ódio".

O ministro destacou que, ao completar neste mês dois anos de STF, seu gabinete acumula 142 inquéritos penais, 117 dos quais vinculados à Lava Jato, todos envolvendo políticos com prerrogativa de foro no STF como parlamentares e ministros.

Apesar disso, Fachin ressaltou a importância "da democracia representativa, da sociedade, do Parlamento e dos parlamentares, dos agentes públicos que, mesmo nos dissensos, constroem consensos".

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