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Executiva do PT ignora José Dirceu em resolução

A Executiva Nacional do PT deixou o ex-ministro fora de resolução, enquanto que o presidente do partido disse apenas que Dirceu tem direito de defesa

José Dirceu deixa Brasília para embarcar para a PF em Curitiba: o ex-ministro da Casa Civil foi preso na segunda-feira (Marcello Casal/ Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 20h43.

Reunida em Brasília nesta terça-feira, a Executiva Nacional do PT deixou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu , preso na véspera, de fora da resolução divulgada após o encontro, enquanto que o presidente do partido, Rui Falcão, limitou-se a afirmar que Dirceu deve ter assegurado seu direito de defesa.

Dirceu, homem forte do governo no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também ex-presidente do PT, foi preso na segunda-feira acusado de receber propina do esquema bilionário de corrupção na Petrobras, investigado pela operação Lava Jato.

"Qualquer pessoa é inocente até que se prove o contrário. Dirceu é inocente até que se prove o contrário. Ele e todos os outros que foram acusados", disse Falcão a jornalistas após a reunião, segundo o site do PT.

"Não estamos abandonando nenhum companheiro nosso. Independente de abandonar ou não, toda pessoa acusada tem que ter direito de ampla defesa e contraditória. No Brasil, estão invertendo o princípio", acrescentou.

A resolução adotada no encontro, por sua vez, sequer citou o nome de Dirceu e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, também preso acusado de envolvimento nas irregularidades investigadas pela Lava Jato.

O PT nega ter participado de quaisquer irregularidades e afirma que todas as doações financeiras recebidas foram legais.

Em vez de sair em defesa de seus filiados presos, a Executiva do partido criticou o que chamou de tentativa de "criminalizar" o PT.

"Diante das reiteradas manobras para criminalizar o PT, queremos reafirmar nossa orientação de combate implacável à corrupção. O PT é favorável à apuração de quaisquer crimes envolvendo apropriação privada de recursos públicos e eventuais malfeitos em governos, empresas públicas ou privadas, bem como a punição de corruptos e corruptores. Mas não admitimos que isso seja realizado fora dos marcos do Estado Democrático de Direito", afirma a resolução.

"É um estado de exceção sendo gestado em afronta à Constituição e à democracia. Precisamos nos contrapor às ameaças de criminalizar o PT para destruí-lo."

A Executiva petista saudou ainda a redução da meta de superávit primário recentemente anunciada pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, mas voltou a pedir a redução da taxa básica de juros, assim como dos juros cobrados em operações de crédito.

"Finalmente, frente às ameaças golpistas que cercam a democracia brasileira, convocamos uma Jornada em Defesa da Democracia, dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e das conquistas do nosso povo", afirmou a Executiva na resolução.

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Reunida em Brasília nesta terça-feira, a Executiva Nacional do PT deixou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu , preso na véspera, de fora da resolução divulgada após o encontro, enquanto que o presidente do partido, Rui Falcão, limitou-se a afirmar que Dirceu deve ter assegurado seu direito de defesa.

Dirceu, homem forte do governo no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também ex-presidente do PT, foi preso na segunda-feira acusado de receber propina do esquema bilionário de corrupção na Petrobras, investigado pela operação Lava Jato.

"Qualquer pessoa é inocente até que se prove o contrário. Dirceu é inocente até que se prove o contrário. Ele e todos os outros que foram acusados", disse Falcão a jornalistas após a reunião, segundo o site do PT.

"Não estamos abandonando nenhum companheiro nosso. Independente de abandonar ou não, toda pessoa acusada tem que ter direito de ampla defesa e contraditória. No Brasil, estão invertendo o princípio", acrescentou.

A resolução adotada no encontro, por sua vez, sequer citou o nome de Dirceu e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, também preso acusado de envolvimento nas irregularidades investigadas pela Lava Jato.

O PT nega ter participado de quaisquer irregularidades e afirma que todas as doações financeiras recebidas foram legais.

Em vez de sair em defesa de seus filiados presos, a Executiva do partido criticou o que chamou de tentativa de "criminalizar" o PT.

"Diante das reiteradas manobras para criminalizar o PT, queremos reafirmar nossa orientação de combate implacável à corrupção. O PT é favorável à apuração de quaisquer crimes envolvendo apropriação privada de recursos públicos e eventuais malfeitos em governos, empresas públicas ou privadas, bem como a punição de corruptos e corruptores. Mas não admitimos que isso seja realizado fora dos marcos do Estado Democrático de Direito", afirma a resolução.

"É um estado de exceção sendo gestado em afronta à Constituição e à democracia. Precisamos nos contrapor às ameaças de criminalizar o PT para destruí-lo."

A Executiva petista saudou ainda a redução da meta de superávit primário recentemente anunciada pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, mas voltou a pedir a redução da taxa básica de juros, assim como dos juros cobrados em operações de crédito.

"Finalmente, frente às ameaças golpistas que cercam a democracia brasileira, convocamos uma Jornada em Defesa da Democracia, dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e das conquistas do nosso povo", afirmou a Executiva na resolução.

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