Brasil

Exclusivo: Governo Tarcísio marca primeiro leilão de concessão de escolas para dia 25 de setembro

Segundo informações obtidas pela EXAME, o primeiro leilão contará com 17 novas unidades de ensino, 462 salas de aula e 17.160 vagas em 14 municípios

 (Ricardo Rimoli/Governo do Estado de SP/Flickr)

(Ricardo Rimoli/Governo do Estado de SP/Flickr)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 20 de junho de 2024 às 18h41.

Última atualização em 20 de junho de 2024 às 19h33.

Tudo sobreTarcísio Gomes de Freitas
Saiba mais

O governo Tarcísio de Freitas vai publicar nesta sexta-feira, 21, os editais do projeto de Parceria Pública-Privada (PPP) para construção, manutenção, conservação, gestão e operação de 33 escolas de ensino nível médio e fundamental II em 29 cidades.

Segundo informações obtidas pela EXAME, o primeiro leilão será realizado em 25 de setembro deste ano, e contará com 17 novas unidades de ensino, 462 salas de aula e 17.160 vagas em 14 municípios.

Leia mais: Em discussão em SP e Paraná, "privatização" de escolas tem apenas um projeto em operação no Brasil

Já o Lote Leste contará com 16 unidades, 476 salas de aula, 17.680 vagas em 15 municípios, com leilão previsto para o dia 3 de outubro de 2024.

A gestão estadual dividiu os lotes para diluir o risco para os parceiros privados que vão entrar nas operações. Os investimentos serão de R$ 2,1 bilhões ao longo dos 25 anos da concessão.

Professores não serão contratados

A gestão Tarcísio afirma que as empresas não poderão contratar professores, interferir na gestão pedagógica nem estipular metas para as escolas, tarefas que continuarão a cargo da Secretaria de Educação.

Na defesa do projeto, o governo do estado afirma que a concessão de novas escolas tem como objetivo melhorar e modernizar a infraestrutura das unidades da rede estadual, além de “liberar” os diretores de questões administrativas.

A autorização da licitação do projeto foi publicada na semana passada. O critério de julgamento da licitação será o "de menor valor da contraprestação pública máxima a ser paga pelo Poder Concedente".

A fiscalização dos serviços concedidos ficará a cargo da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp).

Entidades contrárias a PPPs em escolas argumentam que os projetos privatizam a gestão escolar e vão contra as orientações gerais de organismos internacionais, como a ONU, e da Constituição Federal e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

Hoje, o Brasil tem apenas projeto de concessão de escolas em operação, das unidades de Ensino da Rede Municipal de Educação Básica - Umei, em Belo Horizonte.

Acompanhe tudo sobre:Tarcísio Gomes de FreitasEstado de São Paulosao-pauloEducaçãoEscolas

Mais de Brasil

Mais de 600 mil imóveis estão sem luz em SP após chuva intensa

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário

Veja os melhores horários para viajar no Natal em SP, segundo estimativas da Artesp