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Ex-secretário do PT é detido em nova fase da Lava Jato

A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira 12 ordens judiciais, incluídas as duas de prisão temporária


	Silvio Pereira: a prisão temporária de Pereira e de Pinto, que serão transferidos à sede da PF de Curitiba, está inicialmente fixada por 5 dias
 (Evaristo Sá / AFP)

Silvio Pereira: a prisão temporária de Pereira e de Pinto, que serão transferidos à sede da PF de Curitiba, está inicialmente fixada por 5 dias (Evaristo Sá / AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2016 às 11h31.

São Paulo - O ex-secretário geral do PT, Sílvio Pereira, e o empresário Ronan María Pinto foram presos hoje na nova fase da operação Lava Jato deflagrada nesta sexta-feira na região metropolitana de São Paulo.

A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira 12 ordens judiciais, incluídas as duas de prisão temporária, nos municípios de São Paulo, Carapicuíba, Osasco e Santo André.

A prisão temporária de Pereira e de Pinto, que serão transferidos à sede da Polícia Federal de Curitiba, está inicialmente fixada por cinco dias, mas pode ser prorrogada e transformada em preventiva se a justiça considerar necessário.

O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, um dos condenados pelo mensalão, e o jornalista e diretor do portal Opera Mundi, Breno Altman, foram levados por agentes da PF para depor em uma delegacia de São Paulo.

Na operação de hoje, batizada de "Carbono 14", foram revistadas a sede do jornal "Diário do Grande ABC", no município de Santo André, e de empresas de transporte e coleta de lixo, todas de Pinto.

O empresário, segundo um comunicado do Ministério Público, é suspeito de ter recebido R$ 6 milhões, correspondentes à metade de um crédito supostamente irregular e dado em 2004 pelo Banco Schahin a José Carlos Bumlai, empresário ligado a Lula.

As investigações do Ministério Público apontam que o dinheiro foi usado para pagar dívidas do PT e que o empréstimo teria sido cancelado através de um contrato fraudulento com Petrobras em 2009.

Bumlai, empresário do setor agropecuário, chegou a admitir em uma declaração à polícia que houve fraudes no contrato.

Pinto, por sua vez, esteve envolvido nas investigações de desvio de dinheiro público em Santo André, um caso que terminou em 2002 com a morte do prefeito Celso Daniel, na época um dos coordenadores da campanha de Lula para as eleições.

Os delitos investigados nesta fase da operação Lava Jato são extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Hoje sexta-feira também será levado a Curitiba, onde se concentra a investigação do caso Petrobras, o empresário Luiz Eduardo dá Rocha Soares, que estava foragido e foi detido na quarta-feira.

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