UnB: grupo redigiu uma carta em que listaram pontos que consideraram fundamentais para a saída (UnB Agência)
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2014 às 21h36.
Brasília - Os estudantes que ocupavam o prédio da reitoria da Universidade de Brasília (UnB) desde a última quinta-feira, 5, resolveram desocupar o local após chegarem a um acordo com a direção da universidade.
Cerca de 30 pessoas que estavam no gabinete do reitor Ivan Camargo deixaram a sala de reuniões por volta das 20h.
O grupo redigiu na manhã de segunda-feira, 9, uma carta em que listaram alguns pontos que consideraram fundamentais para a saída pacífica.
Entre as reivindicações estava o pedido de revisão e acompanhamento da defensoria pública no processo do 'catracaço', ocorrido em fevereiro do ano passado; a responsabilização de centros acadêmicos por incidentes ocorridos em festas promovidas dentro da universidade e garantia de moradia digna para aqueles que recebem bolsa de assistência estudantil.
A carta foi escrita em conjunto com o defensor público Heverton Gisclan Silva. No fim da manhã, os estudantes decidiram em assembleia que as barricadas instaladas na entrada da reitoria seriam removidas para o último andar, onde fica a sala do reitor.
Em contrapartida, a prefeitura do campus concordou em religar a água e luz dos ocupantes.
Por volta das 19h30 os estudantes tiveram a informação de que o reitor havia concordado com alguns pontos da carta. Em breve discussão, os alunos optaram por desocupar o lugar, mas exigiram que o reitor assinasse a carta com a presença dos alunos.
Irredutível, Ivan Camargo disse que só assinaria o termo após a desocupação completa do local. Os estudantes voltaram para o gabinete da reitoria e, aos cantos de palavras de ordem, permaneceram na entrada.
Às 20h, uma oficial de justiça foi até o local para exigir a reintegração imediata do prédio. Assustados, os jovens voltaram para o gabinete e após rápida reunião, decidiram deixar o lugar.
Os cerca de 30 alunos permaneceram concentrados no hall de entrada, aguardando o reitor para a assinatura do termo. Até 21h desta terça-feira, 10, Camargo não havia chegado à reitoria.