Esquema de Cabral na saúde causou prejuízo de R$ 173 mi ao RJ
Preso desde novembro de 2016 e condenado a 87 anos de cadeia, o ex-governador do RJ é acusado de comandar um esquema bilionário de propina
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 11h37.
Última atualização em 26 de fevereiro de 2018 às 12h35.
São Paulo - O ex-governador do Rio Sergio Cabral (MDB) virou alvo de ação civil pública do Ministério Público do Estado por conta de contratos envolvendo medicamentos e materiais médico-hospitalares que resultaram em prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 173 milhões.
Preso desde novembro de 2016 e condenado a 87 anos de cadeia, acusado de comandar um esquema bilionário de propina, ele já é réu em 20 processos na Justiça Federal.
O MP, por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa também contra os ex-secretários de Estado de Saúde Sérgio Côrtes - que passou 10 meses preso e foi solto este mês -, Marcos Esner Musafir e Felipe Peixoto, além de outros 12 servidores do Estado, uma empresa, um consórcio e quatro executivos.
Um dos empresários é Arthur César de Menezes, o "Rei Arthur". Ele já havia sido acusado de pagar US$ 10 milhões (R$ 33,6 milhões) a Cabral em troca de benefícios em contratos de sua empresa.
Segundo o MP, os denunciados "realizaram contratos para manutenção de serviços de estocagem, distribuição, armazenamento e destinação final de medicamentos, insumos, produtos e materiais médico-hospitalares que resultaram em prejuízo aos cofres do Estado superior a R$ 173 milhões".
O MP requer suspensão dos direitos políticos dos envolvidos e ressarcimento do erário, entre outras sanções.