Esplanada dos Ministérios terá 2 mil policiais militares em 8 de janeiro
Policiais militares do DF farão patrulhamento ostensivo em Brasília na próxima segunda-feira, 8
Agência de notícias
Publicado em 5 de janeiro de 2024 às 13h54.
Um acordo firmado entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Governo do Distrito Federal nesta sexta-feira, 5, prevê mais de 2 mil policiais militares do DFfazendo o patrulhamento ostensivo na capital na próxima segunda-feira, 8.
Segundo relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou a tentativa de golpe e finalizou os trabalhos em outubro, havia 580 policiais militares escalados para estarem na Esplanada no dia dos ataques, em 8 de janeiro de 2023. De acordo com o documento, 180 dos PMs eram praças em formação, "sem preparo para confrontos ou contenção de distúrbios".
O mesmo relatório compara o contingente com o empregado durante a posse presidencial, que foi de 2.051 policiais.
Reforço de segurança
Já o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dosAtos Antidemocráticos do Distrito Federal, entregue em novembro passado, aponta que o número foi ainda menor: 331 policiais militares teriam sido disponibilizados para o dia. Considerando este número, o contingente de policiais escalados agora seria 504% maior do que o disponível em 2023.
O documento firmado nesta quinta para reforçar a segurança do evento "Democracia Inabalada" prevê ainda que 250 agentes da Força Nacional estejam de prontidãono Ministério da Justiça. A Esplanada ficará fechada na Avenida José Sarney, próxima ao Congresso Nacional.
O Congresso também suspendeu, entre os dias 4 e 9 de janeiro, o programa de visitação do prédio. De acordo com assessoria de comunicação doSenado Federal, trata-se de um procedimento de segurança para o evento.
O reforço ocorre para garantir a segurança da cerimônia que relembra o ataque e reafirma o compromisso com a democracia. O ato será realizado em conjunto pelos Três Poderes e está marcado para a próxima segunda-feira, 8, às 15h, no Salão Negro do Senado.
Na quarta-feira, 3, o ministro interino da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou ao Estadão que não há "preocupação maior" sobre a segurança do ato. A governadora do Distrito Federal, Celina Leão, disse à Agência Brasil que mesmo sem ameaças detectadas, o número de policiais será suficiente para qualquer situação. "Será um dia de tranquilidade, um dia de monitoramento e de tranquilidade realmente aqui no Distrito Federal", afirmou.