Especialista alerta para qualidade dos empregos gerados
Para o professor Jorge Pinho, da UnB, os números do CAGED são bons, mas a qualidade das vagas geradas pode ser problema
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2010 às 09h23.
Brasília - O recorde de 1.655.116 vagas de emprego geradas de janeiro a julho de 2010 é um dado muito positivo, avalia o professor especialista em mercado de trabalho da Universidade de Brasília (UnB) Jorge Pinho. Segundo ele, apesar do bom resultado, a qualidade das vagas de trabalho oferecidas é preocupante.
"Muita gente tem curso superior e acaba ocupando vagas que são destinadas a quem tem nível técnico", afirmou o professor. De acordo com Pinho, a situação pode ser frustrante para o trabalhador. "O chefe acha que está se dando bem contratando, mas a falta de motivação pode fazer com que o empregado deixa a vaga cedo", explica. Para o professor, a falta de mão de obra de nível técnico é reflexo da falta de investimento em educação no país. "Voltaram a investir em ensino técnico há uns quatro anos, mas o tempo perdido não tem como recuperar", pondera.
A previsão reafirmada pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, de que 2,5 milhões de vagas formais serão criadas em 2010 deve se concretizar, na opinião do professor. "Mas é preciso tomar cuidado, porque o ano eleitoral pode contaminar qualquer afirmação", alertou.
O professor Jorge Pinho disse que é difícil traçar previsões de como estará o mercado de trabalho brasileiro nos próximos anos, mas acredita que o país "está no caminho para acabar com o desemprego."
Brasília - O recorde de 1.655.116 vagas de emprego geradas de janeiro a julho de 2010 é um dado muito positivo, avalia o professor especialista em mercado de trabalho da Universidade de Brasília (UnB) Jorge Pinho. Segundo ele, apesar do bom resultado, a qualidade das vagas de trabalho oferecidas é preocupante.
"Muita gente tem curso superior e acaba ocupando vagas que são destinadas a quem tem nível técnico", afirmou o professor. De acordo com Pinho, a situação pode ser frustrante para o trabalhador. "O chefe acha que está se dando bem contratando, mas a falta de motivação pode fazer com que o empregado deixa a vaga cedo", explica. Para o professor, a falta de mão de obra de nível técnico é reflexo da falta de investimento em educação no país. "Voltaram a investir em ensino técnico há uns quatro anos, mas o tempo perdido não tem como recuperar", pondera.
A previsão reafirmada pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, de que 2,5 milhões de vagas formais serão criadas em 2010 deve se concretizar, na opinião do professor. "Mas é preciso tomar cuidado, porque o ano eleitoral pode contaminar qualquer afirmação", alertou.
O professor Jorge Pinho disse que é difícil traçar previsões de como estará o mercado de trabalho brasileiro nos próximos anos, mas acredita que o país "está no caminho para acabar com o desemprego."