Mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue, vírus zika e febre chikungunya: transmissão de zika por transfusão de sangue é rara, diz Ministério (Marvin Recinos / AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 21h42.
Com pelo menos um caso registrado no Brasil de transmissão do vírus Zika por transfusão de sangue, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), ressalta que esse tipo de transmissão é um evento raro.
No Brasil, quem teve Zika, dengue ou chikungunya deve ficar por 30 dias sem doar sangue, a partir do desaparecimento dos sintomas. As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypiti.
“A medida mais efetiva para evitar a transmissão e garantir a segurança do sangue é combate ao mosquito transmissor”, disse o presidente da ABHH, Dimas Covas.
O especialista afirma que não existem testes laboratoriais de diagnóstico da infecção por Zika que sejam registrados ou adequados para a triagem laboratorial de doadores de sangue.
Mesmo assim, entende que as medidas necessárias para a segurança de quem recebe transfusão são previstas nas normas brasileiras.defende
No Brasil, todo candidato a doação de sangue deve passar por uma triagem clínica antes da doação, para que ali possa relatar se teve sintomas de alguma de infecção.
Em caso positivo, ele será descartado momentaneamente como doador. O Ministério da Saúde ainda reforça que os hemocentros devem pedir que os doadores informem ao serviço, caso tenham sinais como febre ou diarreia, até 7 dias após doação.
Segundo a entidade, anualmente são feitas cerca de quatro milhões de transfusões de sangue e dentre estas, no máximo, quatro ocorrências de transmissão de dengue e chikungunya são relatadas. Segundo o especialista, com o Zika não é diferente. As três viroses tem o mesmo vetor, o Aedes aegypti.