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Esfriamento do crédito ajudará a ancorar expectativa inflacionária, diz LCA

Economista Douglas Uemura diz que Banco Central ainda terá de promover duas altas nos juros básicos

Crédito fácil na rua: juros ao consumidor e às empresas estão mais altos (Roberto Setton/EXAME)

Crédito fácil na rua: juros ao consumidor e às empresas estão mais altos (Roberto Setton/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 12h41.

São Paulo – As medidas macroprudencias adotadas pelo Banco Central em dezembro conseguiram esfriar o crédito em janeiro, o que deve contribui para ancorar as expectativas inflacionárias que não param de crescer.

A avaliação é do economista da LCA Consultores Douglas Uemura, que participou nesta quinta-feira (24) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.

“Houve aumento dos juros e queda das concessões de novos empréstimos para pessoas físicas e jurídicas. É um impacto nada desprezível que deve persistir ao longo de 2011, fazendo com que o crédito ajude menos o crescimento da economia”, diz Uemura.

O economista acredita que o esfriamento do crédito vai acalmar as expectativas inflacionárias. “O resultado de janeiro vai contribuir para ancorar um pouco as expectativas (inflacionárias) principalmente pela atividade econômica. Várias instituições, inclusive a LCA, já revisaram para baixo o crescimento do PIB. Em 2011, é pouco provável que a inflação convirja para a meta, mas a gente acredita que em 2012 haja espaço para uma convergência para os 4,5% perseguidos pelo Banco Central.”

Embora tenha obtido êxito com as medidas macroprudenciais, Douglas Uemura afirma que Banco Central não poderá interromper a trajetória de alta dos juros básicos. “Existem outros fatores mantendo as expectativas de inflação num nível ainda desconfortável para o Banco Central. É consenso que a Selic será elevada nas próximas reuniões. Aqui, na LCA Consultores, projetamos mais duas elevações de meio ponto na Selic.”

Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, clique na imagem ao lado), o economista da LCA Consultores também avalia os dados de inadimplência divulgados pelo Banco Central. 

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