Pela manhã, Alckmin recebeu o comandante do Exército, Tómas Miguel Ribeiro Paiva, e o chefe do Estado-Maior do Exército, General Valério Stumpf (Anadolu Agency/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 16 de março de 2023 às 08h28.
Última atualização em 16 de março de 2023 às 09h02.
O vice-presidente Geraldo Alckmin iniciou nesta quarta-feira uma série de reuniões com os comandantes das Forças Armadas para que Exército, Marinha e Aeronáutica apresentem suas prioridades para a construção de uma política pública de fomento da indústria de defesa no Brasil. Pela manhã, Alckmin recebeu o comandante do Exército, Tómas Miguel Ribeiro Paiva, e o chefe do Estado-Maior do Exército, General Valério Stumpf.
Em uma hora de conversa, os generais apresentaram, alguns dos seus projetos prioritários, entre os quais o Astros 2020, um sistema de lançadores múltiplos de mísseis. Também apontaram gargalos do setor e quais armamentos que o Exército compra no mercado interno e externo. Na quinta-feira, o comando da Aeronáutica será recebido, e, nos próximos dias, o da Marinha.
O Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), comandado por Alckmin, tem solicitado aos militares que apresentem demandas em que políticas públicas voltada ao setor trariam mais resultado para a base da indústria militar brasileira. Um dos objetivos é reforçar a cadeia de suprimento nacional das Forças, robustecendo a indústria para atender às demandas de equipamentos da caserna.
Durante a conversa, Alckmin buscou entender, por exemplo, quais itens o Exército tem comprado da indústria nacional e quais tem importado do exterior. Integrantes do encontro ouvidos pelo GLOBO afirmam que os militares defenderam a importância do fortalecimento da indústria de Defesa e demonstraram concordar com a política adotada pelo governo. Alckmin, por sua vez, reconheceu o conhecimento técnico dos generais e a complexidade tecnológica que o setor demanda.
Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a Alckmin a tarefa comandar coordenar um programa de revitalização da indústria da Defesa no Brasil, junto com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Intensificar o protagonismo voltado a este tema é alternativa que o governo encontrou para tentar diminuir a tensão entre o Palácio do Planalto e os militares, agravada após os atos golpistas de 8 de janeiro.