Guido Mantega e Alexandre Tombini: dupla pode afrouxar a política fiscal e monetária (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
Diogo Max
Publicado em 25 de novembro de 2010 às 12h15.
São Paulo - O Financial Times e Wall Street Journal desta quinta-feira noticiaram a nova equipe econômica da presidente eleita Dilma Rousseff. Apesar de positivas, as reportagens também trazem um certo ceticismo em relação ao futuro de Guido Mantega, Miriam Belchior e Alexandre Tombini, que permanecerão no ministério da Fazenda, Planejamento e na Presidência do Banco Central, respectivamente.
A equipe econômica do governo Dilma salientou, ontem, que a missão do trio será a de cortar os gastos públicos, mantendo uma média alta na taxa de crescimento do país. “Analistas, no entanto, dizem que cortar gastos vai ser difícil”, diz o americano Wall Street Journal.
“Dilma prometeu gastar bilhões em centenas de novas barragens, estádios olímpicos, trens-bala e outros projetos”, lembra a reportagem.
“Rejeitar essas demandas seria um golpe na popularidade de Dilma Rousseff, que também tem de lidar com a tarefa difícil de gerir a coligação política amarrada por Lula”, continua o texto.
Já o inglês Financial Times centra-se mais em Alexandre Tombini, um “tecnocrata apolítico”. O jornal lembra que a nomeação do novo presidente do Banco Central alinha-se com a posição desenvolvimentista de Guido Mantega.
“Analistas estão preocupados com sua nomeação, que poderia sinalizar uma maior aproximação entre o Ministério da Fazenda e Banco Central, o que poderia resultar em menos rigor nas políticas monetária e fiscal”, diz a reportagem.