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Empresas afirmam desconhecer lista de propina do ISS

Enquanto algumas construtoras afirmam já colaborar com as investigações, outras dizem que não receberam nenhuma notificação do MP


	Cyrela, edifício Nova América: a Cyrela diz que "preza pela transparência e pela seriedade" e está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos
 (Talita Abrantes/EXAME.com)

Cyrela, edifício Nova América: a Cyrela diz que "preza pela transparência e pela seriedade" e está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos (Talita Abrantes/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 09h34.

São Paulo - As empresas que aparecem na suposta lista da propina do fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães afirmam desconhecer o documento e pagar o Imposto Sobre Serviços (ISS) corretamente. Algumas construtoras afirmam já colaborar com as investigações e outras dizem que não receberam nenhuma notificação formal do Ministério Público Estadual (MPE).

O Shopping Center Iguatemi afirma que todos os recolhimentos foram realizados pelas empresas contratadas para execução da obra. De acordo com a assessoria de Imprensa do centro de compras, foi da construtora a responsabilidade de obtenção de certificados de quitação dos tributos, incluindo ISS. A nota do shopping não cita a construtora.

A Fundação Cesp afirma ter assumido o compromisso de apresentar documentos que comprovam que vendeu a cota de 20% de um empreendimento na Avenida 23 de Maio antes de 10 de julho de 2010 - data citada pelo fiscal Magalhães na lista como de recolhimento do dinheiro.

"A entidade assume o compromisso de apresentar amanhã (esta terça-feira) cópia da documentação que comprova a operação de venda. Esclarece ainda que, mesmo anteriormente à venda, era apenas cotista do imóvel, nunca tendo tido participação na administração do mesmo", afirma a nota.

A Brookfield, também citada na lista, já assumiu ter pago R$ 4,1 milhões aos fiscais. "A empresa reforça que já vem colaborando com o Ministério Público, prestando todas as informações necessárias à apuração dos fatos. Comparecemos espontaneamente, fomos ouvidos como testemunhas e nos consideramos vítimas de extorsão", afirma a nota da empresa.

Transparência

A Cyrela diz que "preza pela transparência e pela seriedade" e está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. "A empresa reitera que desconhece qualquer irregularidade em seus empreendimentos e reforça que cumpre com as obrigações fiscais e tributárias, conforme determinação da lei", afirma nota da empresa.


A Tarjab também afirma estar à disposição para colaborar com as investigações. A Trisul faz a mesma afirmação e ressalta que "observa as melhores práticas de governança corporativa, cumprindo todas as suas obrigações perante as autoridades públicas". A Helbor não se manifestou.

A Tecnisa afirma que está disposta a colaborar com as investigações, mas ressalta que não teve acesso à lista. A PDG também afirma não ter tido acesso à listagem, mas "continua à disposição para prestar todos os esclarecimentos, caso seja solicitada alguma informação".

A construtora Tenda afirma que não foi notificada, mas está disponível para prestar esclarecimentos. "Também ressalta que recolhe rigorosamente os tributos relacionados a todos os seus empreendimentos", afirma o comunicado da assessoria de Imprensa.

A reportagem entrou em contato com o hospital Igesp pelo e-mail do site oficial, no fim da tarde desta segunda-feira, 9, mas não obteve resposta até as 21h. A reportagem também entrou em contato, por e-mail, com as empresas Bracco, Atlântica e Tropical, que também aparecem na lista. As três não responderam.

SPE

Na lista, há dezenas de Sociedades de Proposta Específica (SPEs), formadas para a realização de apenas um empreendimento, sob a mira do MPE. O objetivo é descobrir quais são as empresas mães. Cada SPE pode ter mais de uma empresa responsável por empreendimento. Na lista do MPE estão pelo menos 410 empreendimentos investigados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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