Exame Logo

Empresa holandesa aceita indenizar Petrobras em R$ 5,3 bi

A SBM, uma das maiores fabricantes de plataformas de petróleo do mundo, confessou o pagamento de propinas à estatal brasileira

Plataforma da Petrobras: o pagamento é dificultado pelo impasse entre MPF e CGU sobre os acordos de leniência (Germano Lüders / EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 09h20.

São Paulo Após ter confessado o pagamento propina em troca de contratos com a Petrobras no Brasil, a companhia holandesa SBM Offshore aceitou indenizar a estatal em US$ 1,7 bilhão, o equivalente a R$ 5,3 bilhões, segundo reportagem publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” nesta quarta-feira (8).

No entanto, a empresa enfrenta dificuldades em obter um acordo de leniência com o governo devido a um impasse entre a CGU (Controladoria Geral da União) e o Ministério Público Federal.

O MPF questiona a legitimidade da CGU em fazer esse tipo de pacto, o que paralisou as negociações.

Segundo o jornal, caso a questão fosse solucionada e a SBM obtivesse o acordo, cerca de 40% do valor da indenização seria entregue imediatamente à Petrobras.

Valor

A empresa holandesa, uma das maiores fabricantes de plataformas de petróleo do mundo, tem pressa de sanar sua dívida para afastar o risco de quebrar no Brasil, de acordo com a reportagem.

A SBM possui atualmente US$ 22 bilhões em contratos com a Petrobras e admitiu ter pago US$ 139 milhões em propinas no país.

Conforme o jornal, o valor da indenização foi calculado por técnicos brasileiros que acompanham o caso de corrupção e pode aumentar com o avanço das investigações.

Reposta

Em nota, a empresa negou a notícia divulgada pela Folha. "As discussões com autoridades brasileiras estão em estágios iniciais e números não foram acertados", disse a SBM em comunicado.

*Matéria atualizada às 9h16

São Paulo - Nove empreiteiras foram alvo da Polícia Federal nesta sexta-feira. A sétima fase da Operação Lava Jato , que investigadesvio de 10 bilhões de reais da Petrobras , fez busca e apreensão nas empresas. Alguns executivos foram presos, para prestar depoimento sobre possível ligação com o esquema de corrupção . Veja nas fotos quais empresas estão sendo investigadas e o que dizem sobre a operação.
  • 2. Odebrecht

    2 /10(Paulo Fridman/Bloomberg)

  • Veja também

    A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras.“A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa.A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
  • 3. UTC Engenharia

    3 /10(Divulgação)

  • A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
  • 4. OAS

    4 /10(Divulgação/PAC)

    A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
  • 5. Engevix

    5 /10(Divulgação/ Engevix)

    Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
  • 6. Galvão Engenharia

    6 /10(Divulgação/ Galvão Engenharia)

    Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
  • 7. Queiroz Galvão

    7 /10(Divulgação)

    A empresa se manifestou através de nota:"A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
  • 8. Camargo Corrêa

    8 /10(Divulgação)

    Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota:“A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
  • 9. Mendes Junior

    9 /10(Divulgação)

    "O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
  • 10. Iesa

    10 /10(Divulgação IESA)

    EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.
  • Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndenizaçõesIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Brasil

    Mais na Exame