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Embratur diz que manifestações não prejudicaram turismo

90% dos turistas estrangeiros que vieram à Copa das Confederações declararam a vontade de retornar ao Brasil para a Copa do Mundo de 2014


	Policiais durante confronto antes de jogo da Copa das Confederações: pelo menos 230 mil brasileiros viajaram para assistir aos jogos nas seis cidades-sede do torneio.
 (REUTERS/Kai Pfaffenbach)

Policiais durante confronto antes de jogo da Copa das Confederações: pelo menos 230 mil brasileiros viajaram para assistir aos jogos nas seis cidades-sede do torneio. (REUTERS/Kai Pfaffenbach)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 15h28.

As manifestações populares de protesto ocorridas durante Copa das Confederações não prejudicaram o turismo estrangeiro no país e, segundo pesquisas realizadas pela Embratur com turistas estrangeiros que vieram para o evento, por volta de 90% declararam a vontade de retornar ao Brasil para a Copa do Mundo de 2014.

A informação é do presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, ao participar, hoje (16), do programa Brasil em Pauta, coordenado e produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Segundo ele, há uma tendência de crescimento do turismo estrangeiro no país com tendência de continuidade, segundo a pesquisa feita.

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) entrevistou 14 mil pessoas, sendo 10 mil turistas brasileiros e estrangeiros nos arredores dos estádios, hotéis, estabelecimentos públicos, comércios e locais de retiradas de ingressos das seis cidades-sede e quatro mil turistas estrangeiros nos aeroportos de Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro, Recife e no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Os dados consolidados serão divulgados nas próximas semanas.

Estimativas iniciais do Ministério do Turismo sobre a circulação de turistas nacionais na Copa das Confederações mostram que pelo menos 230 mil brasileiros viajaram para assistir aos jogos nas seis cidades-sede do torneio. O resultado considerou o número de ingressos vendidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) e resultados preliminares da pesquisa da Fipe sobre o perfil dos turistas nos jogos da Copa das Confederações.


“As manifestações devem ser vistas como próprias de um país democrático. Por isso, não devemos imaginar que a presença do povo nas ruas possa impactar negativamente o turismo, até porque a França e a Espanha, que são grandes nações receptoras de turismo internacional, também enfrentam dificuldades e manifestações”, disse o presidente da Embratur.

Na avaliação de Flávio Dino, houve uma grande repercussão das manifestações na mídia internacional que foi acompanhada pela Embratur e verificou-se que “houve uma preocupação, porém, não houve impacto negativo quanto à realização de viagens. Ou seja, apesar das manifestações eventualmente poderem trazer essa preocupação na imprensa internacional, os turistas continuaram vindo”.

Ele destacou que a Copa das Confederações gerou, com o turismo estrangeiro, R$ 740 milhões para o país, com a presença de mais de estrangeiros e mais de 100 mil brasileiros que viajaram pelo país no período.

Segundo Flávio Dino, esses dados mostram que “a aposta estratégica do país” em sediar o evento está correta. Ele acrescentou que e a Copa das Confederações obteve êxito na sua organização. "Temos certeza que vamos atingir a meta de turistas estrangeiros no Brasil [na Copa do Mundo] no ano que vem. A expectativa é a de que recebamos 600 mil estrangeiros e que sejam reunidos três milhões de brasileiros”, disse Dino.

Ele também comentou sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada este mês no Rio de Janeiro, com a presença do papa Francisco. Dino destacou que o evento movimentará a economia e terá impacto no Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Sobre os projetos da Embratur, ele disse que é preciso fortalecer uma agenda competitiva para que o país possa receber mais turistas do exterior e reverter a situação de exportador de divisas com o turismo, que no ano passado apresentou um déficit superior a US$ 15 bilhões, com mais gente viajando do Brasil para o exterior do que o contrário. A idéia é aproveitar a Copa do Mundo para isso e trabalhar com 18 mercados prioritários, como a Rússia e o Canadá, que enviam poucos turistas ao Brasil.

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