Embaixador dos EUA no Brasil será assessor especial de Kerry
Thomas Shannon, deixa amanhã o posto de embaixador dos Estados Unidos no Brasil para ser assessor especial do secretário de Estado John Kerry
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 10h22.
Brasília – Após três anos e meio em Brasília, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, deixa amanhã (6) o posto. A saída ocorre no momento em que os Estados Unidos são cobrados pelo governo brasileiro por informações detalhadas sobre as denúncias de espionagem a dados pessoais da presidente Dilma Rousseff , de assessores e cidadãos do país. Em substituição a Shannon, assumirá Liliana Ayalde, que serviu no Paraguai.
A diplomata chega ao Brasil no próximo dia 15, segundo a embaixada norte-americana. Shannon segue para os Estados Unidos, onde será assessor especial do secretário de Estado (o equivalente a chanceler) John Kerry . Antes das denúncias envolvendo os Estados Unidos, Shannon costumava promover encontros com a imprensa. Fluente em português, ele demonstrou atenção aos temas locais. A substituição foi anunciada há três meses.
Embaixador no Brasil desde fevereiro de 2009, nos últimos dias Shannon foi convocado por duas vezes ao Ministério das Relações Exteriores para prestar explicações sobre as denúncias de espionagem, por agências norte-americanos, às comunicações internas do Brasil. Na semana passada, o embaixador passou cerca de uma hora com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado .
Na conversa, Figueiredo cobrou explicações “formais e por escrito” até o fim desta semana. “Convoquei o embaixador dos Estados Unidos ao meu gabinete e disse a ele da indignação do governo brasileiro pelos fatos que constam dos documentos revelados, das violações de correspondências da senhora presidenta.”, ressaltou Figueiredo que, em seguida, reuniu-se com Dilma no último dia 2.
Na reunião com Shannon, Figueiredo disse ainda que as suspeitas sobre o Brasil envolvendo riscos à democracia e solidez do Estado são inadmissíveis. “O Brasil é um país democrático, um Estado sólido, em uma região democrática e sólida, que busca a convivência com seus parceiros de forma amistosa. Não se pode admitir nem em sonho que é um país de risco ou problemático”, disse.
O governo brasileiro classificou o episódio como inadmissível e inaceitável, expressões usadas tanto por Figueiredo quanto pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. As denúncias colocam em risco ainda a possibilidade de viagem de Dilma, com honras de chefe de Estado, aos Estados Unidos, em 23 de outubro.
Brasília – Após três anos e meio em Brasília, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, deixa amanhã (6) o posto. A saída ocorre no momento em que os Estados Unidos são cobrados pelo governo brasileiro por informações detalhadas sobre as denúncias de espionagem a dados pessoais da presidente Dilma Rousseff , de assessores e cidadãos do país. Em substituição a Shannon, assumirá Liliana Ayalde, que serviu no Paraguai.
A diplomata chega ao Brasil no próximo dia 15, segundo a embaixada norte-americana. Shannon segue para os Estados Unidos, onde será assessor especial do secretário de Estado (o equivalente a chanceler) John Kerry . Antes das denúncias envolvendo os Estados Unidos, Shannon costumava promover encontros com a imprensa. Fluente em português, ele demonstrou atenção aos temas locais. A substituição foi anunciada há três meses.
Embaixador no Brasil desde fevereiro de 2009, nos últimos dias Shannon foi convocado por duas vezes ao Ministério das Relações Exteriores para prestar explicações sobre as denúncias de espionagem, por agências norte-americanos, às comunicações internas do Brasil. Na semana passada, o embaixador passou cerca de uma hora com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado .
Na conversa, Figueiredo cobrou explicações “formais e por escrito” até o fim desta semana. “Convoquei o embaixador dos Estados Unidos ao meu gabinete e disse a ele da indignação do governo brasileiro pelos fatos que constam dos documentos revelados, das violações de correspondências da senhora presidenta.”, ressaltou Figueiredo que, em seguida, reuniu-se com Dilma no último dia 2.
Na reunião com Shannon, Figueiredo disse ainda que as suspeitas sobre o Brasil envolvendo riscos à democracia e solidez do Estado são inadmissíveis. “O Brasil é um país democrático, um Estado sólido, em uma região democrática e sólida, que busca a convivência com seus parceiros de forma amistosa. Não se pode admitir nem em sonho que é um país de risco ou problemático”, disse.
O governo brasileiro classificou o episódio como inadmissível e inaceitável, expressões usadas tanto por Figueiredo quanto pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. As denúncias colocam em risco ainda a possibilidade de viagem de Dilma, com honras de chefe de Estado, aos Estados Unidos, em 23 de outubro.