Manifestações no Egito: nas manifestações, há simpatizantes e contrários a Mursi, assim como defensores do governo do ex-presidente Hosni Mubarak, deposto em fevereiro de 2011, e militares. (REUTERS/Khaled Abdullah)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2013 às 12h19.
Brasília – Em meio às incertezas no Egito, a Embaixada do Brasil no Cairo recomenda que os brasileiros redobrem o cuidado nos locais em que houver aglomerações e evitem deslocamentos desnecessários. Não há registros de brasileiros feridos ou mortos, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
O porta-voz do ministério, embaixador Tovar da Silva Nunes, disse à Agência Brasil que a embaixada brasileira será mantida em funcionamento normal, sem orientações, no momento, para a retirada de funcionários ou a suspensão de atividades.
Um dia depois de as Forças Armadas destituírem o presidente Mouhamed Mursi do poder, o clima de tensão no Egito ainda está presente nas principais cidades. Na Praça Tahrir, no Cairo, símbolo de contestações populares, muitos manifestantes passaram a noite e prometem manter as manifestações ao longo do dia.
A organização não governamental Human Rights Watch denunciou que foram registradas, nos últimos dias, 91 agressões em várias cidades egípcias durante os protestos. O maior número de denúncias foi registrado na Praça Tahir e arredores. Segundo relatos, as vítimas são cercadas por grupos de homens, em geral jovens, que as atacam e rasgam as roupas, depois agridem física e sexualmente.
Nas manifestações, há simpatizantes e contrários a Mursi, assim como defensores do governo do ex-presidente Hosni Mubarak, deposto em fevereiro de 2011, e militares. “A expectativa é que a população egípcia encontre uma solução dentro da ordem democrática para atender às aspirações de uma sociedade mais aberta, mais justa e mais próspera”, disse o porta-voz.