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Em três dias, Lula nomeou 12 ex-ministros de gestões do PT para transição

Dez ocuparam a Esplanada no governo Dilma. Grupo da Saúde tem quatro ex-gestores da área. Lula diz que só definirá ministros após voltar do Egito

Lula se elegeu pela terceira vez com um arco de alianças ampliado especialmente no segundo turno (Ricardo Stuckert/Divulgação/Divulgação)

Lula se elegeu pela terceira vez com um arco de alianças ampliado especialmente no segundo turno (Ricardo Stuckert/Divulgação/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 10 de novembro de 2022 às 11h17.

A formação da equipe que está tocando a transição de governo tem se marcado nos primeiros dias pela numerosa presença de ex-ministros das gestões anteriores de Lula e de Dilma Rousseff (PT). Apenas ontem, seis ex-titulares da Esplanada foram anunciados no time, cada um em sua área de atuação: quatro que comporão o grupo da Saúde (Humberto Costa, Alexandre Padilha, Arthur Chioro e José Gomes Temporão), além de Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura, e Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça.

LEIA TAMBÉM: Lula diz que só definirá nomes para ministério após viagem ao Egito

Lula se elegeu pela terceira vez com um arco de alianças ampliado especialmente no segundo turno, e tem o desafio de encontrar espaço para apoiadores na montagem do governo. Por ora, também tem se apoiado em muitos nomes que já compuseram as gestões petistas, embora nem todos sejam do partido. Além dos seis de ontem, já foram nomeados na transição ao menos outros seis ex-ministros: Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante, que estiveram no governo Dilma e chefiam áreas do grupo que atua no CCBB; Nelson Barbosa (Fazenda); Henrique Paim (Educação); e Tereza Campello e Márcia Lopes, ambas ex-titulares do Desenvolvimento Social.

Além dos quatro ex-ministros da área, o grupo da Saúde na transição teria também o médico David Uip, que chegou a trabalhar em gestões do ex-governador de São Paulo e hoje vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Uip, que ganhou destaque por coordenar o combate à Covid em São Paulo, desistiu porque não poderia ficar afastado do estado durante os próximos dois meses.

Embora integre o grupo da Saúde, o ex-ministro Alexandre Padilha não saiu da bolsa de apostas sobre o futuro ministro da Fazenda. Durante a campanha, Lula chegou a indicar a preferência por nomear um político para a Fazenda, dada a importância da relação com o Congresso para o titular da pasta. Nenhum dos quatro indicados para o grupo de transição na economia (André Lara Resende, Pérsio Arida, Guilherme Mello e Nelson Barbosa) tem esse perfil. Coordenador da transição, Geraldo Alckmin tem dito que a transição não espelha a futura equipe de governo. Ontem, Lula afirmou que só vai começar a decidir os nomes de ministros quando voltar da viagem ao Egito, na próxima semana.

O grupo que tocará a transição na Cultura também foi conhecido ontem. Além de Juca Ferreira, compõem a equipe a atriz Lucélia Santos, que se candidatou a deputada federal pelo PSB mas não se elegeu, e Márcio Tavares, que coordenou o programa de governo petistas para a área.

Outra área com nomeações na transição foi a de Justiça. O ex-ministro Eugênio Aragão e o coordenador do Grupo Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, atuarão como consultores de questões ligadas à Justiça, que abrigarão temas como segurança pública, integridade, compliance e apoio à Procuradoria-Geral da União. No total, a transição de governo terá 31 grupos temáticos.

Os ex-ministros na atual transição

Gleisi Hoffmann: Ex-ministra da Casa Civil (2011-2014)

Aloizio Mercadante: Ciência, Educação e Casa Civil (2011 a 2016)

Juca Ferreira: Cultura (2008 a 2010 e 2014 a 2016)

Humberto Costa: Saúde (2003 a 2005)

José G. Temporão: Saúde (2007 a 2011)

Alexandre Padilha: Saúde (2011 a 2014)

Arthur Chioro: Saúde (2014 a 2015)

Nelson Barbosa: Planejamento e Fazenda (2015 a 2016)

Eugênio Aragão: Justiça (2016)

Tereza Campello: Desenvolvimento Social (2011 a 2016)

Márcia Lopes: Desenvolv. Social (2010)

Henrique Paim: Educação (2014 a 2015)

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