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Em sinal de trégua, Maia cancela convocação de Moro e diz que fará convite

O presidente da Câmara disse que tentaria transformar a convocação em um convite, após ambos selarem um acordo de paz na semana passada

Maia e Moro: os motivos da desavença foram cobranças públicas de Moro para que a Câmara destravasse a discussão de seu pacote (Instagram/Reprodução)

Maia e Moro: os motivos da desavença foram cobranças públicas de Moro para que a Câmara destravasse a discussão de seu pacote (Instagram/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de março de 2019 às 09h03.

Brasília — O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aceitou um requerimento da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) para cancelar a convocação do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para prestar esclarecimentos na Comissão de Legislação Participativa.

A convocação havia sido feita pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Maia já havia dito que tentaria transformar a convocação em um convite, em um claro sinal de paz com o Executivo.

Maia e Moro selaram um acordo sobre o chamado pacote anticrime. Essa aproximação ocorreu após os dois trocarem farpas publicamente na semana passada.

A proposta de Moro trata de mudanças nas leis contra corrupção, crimes violentos e crime organizado. No pacote ainda há a criminalização do caixa 2, tema considerado mais polêmico e que será discutido separadamente.

"Copia e cola"

Os motivos da desavença foram cobranças públicas de Moro para que a Câmara destravasse a discussão de seu pacote. Incomodado, Maia acusou o ministro de desrespeitar acordo firmado pelo presidente Jair Bolsonaro, que havia pedido prioridade à reforma da Previdência.

Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que a proposta do ministro da Justiça é um "copia e cola" de uma série de projetos já apresentados.

A fala gerou mal estar entre membros do Executivo e do Legislativo. No entanto, Moro minimizou o desentendimento.

“Não temos a menor intenção de prolongar esse desentendimento”, disse Moro. “Isso está sendo conversado com a Câmara, com o presidente Rodrigo Maia. Houve uma troca de palavras ásperas, mas isso é algo absolutamente contornável. Nós temos que dialogar, resolver esses problemas e decidir da melhor forma o que é melhor para o país”, afirmou

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