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Em prisão domiciliar, Maluf recebe autorização para fazer consulta

Deputado foi condenado por lavagem de dinheiro que supostamente teria desviado dos cofres públicos quando exerceu o cargo de prefeito de São Paulo

Paulo Maluf: parlamentar foi condenado a 7 anos e nove meses de reclusão e cumpre pena em casa (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de maio de 2018 às 18h58.

O juiz Rogério Alcazar, da 4ª Vara das Execuções Criminais de São Paulo, autorizou que o deputado afastado Paulo Maluf (PP/SP) faça uma consulta médica às 18h desta quinta-feira, 24.

Como está em "prisão domiciliar humanitária", o parlamentar precisa de permissão para deixar sua casa. Maluf pediu para ser levado ao Instituto da Visão, na rua Borges Lagoa, Vila Clementino, zona sul da capital.

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Na terça-feira, 22, Maluf, de 86 anos, passou por audiência admonitória em que o juiz Alcazar estabeleceu obrigações ao ex-prefeito de São Paulo - entre as quais uso de tornozeleira eletrônica tão logo o Estado disponibilize o equipamento e a imposição de autorização judicial para deixar sua residência para atendimento médico.

"Permanecer em sua residência e dela somente se ausentar com autorização judicial, salvo para tratamento médico-hospitalar emergencial, com comunicação e comprovação a este juízo no prazo de 24 horas", decretou o magistrado.

Maluf foi condenado por crime de lavagem de dinheiro a 7 anos e nove meses de reclusão e cumpre pena em casa. O regime domiciliar foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ).

Maluf foi condenado por lavagem de dinheiro que supostamente teria desviado dos cofres públicos quando exerceu o cargo de prefeito de São Paulo (1993/1996).

No dia 20 de dezembro, o parlamentar foi preso por ordem do ministro Edson Fachin, relator da ação penal contra Maluf no Supremo. Ele foi transferido para Brasília e começou a cumprir a pena na Penitenciária da Papuda.

Em 28 de março, o ministro Dias Toffoli pôs Maluf em casa, ao lhe conceder "prisão domiciliar humanitária".

Além da idade avançada, a defesa alegou que Maluf tem doenças graves como câncer e diabetes, "com possibilidade de deterioração rápida do quadro clínico no caso de manutenção da prisão" e hérnia de disco em estágio grave, com limitação severa de mobilidade.

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