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Em Minas Gerais, Doria recebe apoios e rompe bloqueio de Aécio

A Executiva do PSDB mineiro, que conta com 86 prefeitos e 61 vices, fechou questão em setembro e deliberou o apoio ao governador gaúcho Eduardo Leite

Governador de São Paulo, João Doria. (Patricia Monteiro/Bloomberg/Getty Images)

Governador de São Paulo, João Doria. (Patricia Monteiro/Bloomberg/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de outubro de 2021 às 14h11.

Em sua 14ª viagem pelas prévias do PSDB para a escolha do candidato tucano à Presidência da República, o governador João Doria recebeu o apoio de lideranças tucanas em Minas Gerais e rompeu a barreira criada contra ele no Estado pelo deputado Aécio Neves - que é adversário político e desafeto do paulista. A Executiva do PSDB mineiro, que conta com 86 prefeitos e 61 vices, fechou questão em setembro e deliberou o apoio ao governador gaúcho Eduardo Leite.

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Doria participou na noite desta sexta-feira, 1, de um evento em Belo Horizonte com 350 pessoas no espaço de eventos de uma churrascaria onde recebeu o apoio do deputado federal Domingos Sávio (MG), vice-presidente nacional do PSDB. "As regras estabelecidas pelo diretório nacional preveem a votação de todos nas prévias. Não há a possibilidade do diretório decidir pelo filiado", disse Sávio ao Estadão.

Em seu discurso no evento, Sávio disse que não vai ficar "em cima do muro" como "é próprio dos tucanos". Sobre as prévias, o vice-presidente nacional do PSDB afirmou que, “nesta matéria, não cabe alguém dizer ‘o PSDB de Minas’ ou ‘o PSDB de São Paulo’”, ao responder pergunta sobre supostas preferências do partido nos Estados.

Além de Sávio, 15 prefeitos tucanos participaram do ato em Belo Horizonte, mas eles preferiram não se manifestar publicamente para evitar represálias. Procurados, o presidente do PSDB de Minas, deputado Paulo Abi Ackel, e o deputado Aécio Neves não se manifestaram.

Neste sábado, Doria, que também esteve com o governador Romeu Zema (Novo), visita Betim, onde vai se encontrar com o prefeito da cidade, Vittorio Medioli (sem partido).

Pela resolução aprovada pelo PSDB, o colégio eleitoral das prévias será formado por quatro grupos de votantes - (1) filiados; (2) prefeitos e vice-prefeitos; (3) vereadores, deputados estaduais e distritais; (4) governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual presidente da Comissão Executiva Nacional, deputados federais e senadores. Cada um desses grupos tem peso de 25% no total dos votos.

Por esse critério, Doria sai em vantagem, já que São Paulo tem 241 prefeitos do PSDB e 99 vices, contra 31 prefeitos e 31 vices tucanos no Rio Grande do Sul. Para tentar reduzir o favoritismo de Doria, Leite busca aliados no Estado, para onde já viajou três vezes nas prévias. O governador paulista também tenta quebrar a hegemonia de Leite no Rio Grande do Sul com o apoio da ex-governadora Yeda Crusius.

No mapa das prévias, Doria fechou o apoio dos diretórios de São Paulo, Distrito Federal, Acre, Pará e Tocantins, enquanto Leite conta com Ceará, Minas Gerais, Alagoas e Rio Grande do Sul. Doria espera selar nas próximas semanas os apoios dos diretórios do Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

As prévias estão marcadas para o dia 21 de novembro. O senador Tasso Jereissati (CE) desistiu da disputa para apoiar Leite. Além dos governadores, o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, também está na disputa.

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