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Em entrevista, Temer admite apoio a Alckmin ou outro candidato de centro

Temer diz que pode desistir de ser candidato à reeleição e apoiar outro candidato de centro, como o ex-governador Geraldo Alckmin

Michel Temer: "Eu não teria dificuldade, não. Se houver uma conjugação política nestes termos que estou dizendo" (José Cruz/Agência Brasil)

Michel Temer: "Eu não teria dificuldade, não. Se houver uma conjugação política nestes termos que estou dizendo" (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de maio de 2018 às 17h52.

São Paulo - O presidente Michel Temer admitiu, em entrevista gravada ao SBT na sexta-feira, 4, que pode desistir de ser candidato à reeleição e apoiar outro candidato de centro, como o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), nas eleições presidenciais.

"Eu não teria dificuldade, não. Se houver uma conjugação política nestes termos que estou dizendo. Se houver algo que seja útil para o país, e daí a história da união de todos os candidatos de centro, por que não apoiar?", declarou o presidente, ao ser questionado sobre a possibilidade de apoiar um candidato de centro como Alckmin, conforme transcrição de trecho da entrevista divulgada pela emissora. A entrevista vai ar neste domingo, 6, à meia-noite.

Temer foi entrevistado pelos jornalistas Débora Bergamasco, Carlos Nascimento, Bruno Boghossian e Fernando Rodrigues. Conforme o portal Poder360, o presidente citou outros nomes além de Alckmin em sua resposta: Henrique Meirelles, Flávio Rocha, Afif Domingos, Paulo Rabello de Castro e Rodrigo Maia.

O emedebista também falou sobre o depoimento de sua filha Maristela Temer à Polícia Federal, em São Paulo. Ela foi ouvida no âmbito da Operação Skala, que apura suspeitas de corrupção envolvendo o emedebista, aliados políticos e empresas do setor portuário. A investigação apura se a reforma da residência de Maristela foi utilizada para lavar dinheiro de propina.

Temer disse que a reforma aconteceu, mas que não houve dinheiro ilícito envolvido. "Ela fez uma pequena reforma e depois, quando resolveu voltar para São Paulo, dois anos depois, fez uma nova reforma. E neste momento realmente ela teve este auxílio. Mas foi uma reforma regularmente paga, regularmente esclarecida. Eu não tenho os dados do depoimento que ela prestou ontem ao delegado da Polícia Federal, mas soube que foi tudo pelas melhores", afirmou, conforme divulgação do SBT.

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