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Em Davos, Dilma apresenta Brasil como fronteira de negócios

Presidente procurou fazer uma defesa dos fundamentos econômicos do Brasil durante discurso no Fórum Econômico Mundial

Dilma Rousseff durante Sessão Plenária do Fórum Econômico Mundial: presidente afirmou que o Brasil definirá uma meta superávit primário para 2014 "consistente com essa tendência de redução do endividamento público" (Roberto Stuckert Filho/PR)
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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 13h14.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff procurou fazer, nesta sexta-feira, uma defesa dos fundamentos econômicos do Brasil durante discurso no Fórum Econômico Mundial, convocando investidores a acreditar no país e afirmando que o papel dos emergentes continuará a ser estratégico para a economia mundial.

"O controle da inflação e o equilíbrio das contas públicas são requisitos essenciais para assegurar a estabilidade", afirmou Dilma em sua primeira participação no fórum na Suíça desde que assumiu a Presidência.

"A inflação no Brasil permanece sob controle... Os resultados obtidos até aqui estão dentro do intervalo admitido por este regime monetário. Reitero que buscamos com determinação a convergência para o centro da meta inflacionária", prosseguiu.

A presidente também defendeu as contas públicas, que têm sido alvo de críticas pela falta de clareza do governo. "A responsabilidade fiscal, por sua vez, é um princípio basilar da nossa visão de desenvolvimento econômico e social. No Brasil, as despesas correntes do governo federal estão sob controle", disse.

Sem entrar em mais detalhes, Dilma afirmou que o Brasil definirá uma meta superávit primário para 2014 "consistente com essa tendência de redução do endividamento público".

Nos últimos meses, o Brasil tem convivido com a possibilidade das agências de avaliação de risco reduzirem a nota de crédito do país. No ano passado, a Standard & Poor's rebaixou para negativa a perspectiva para o rating brasileiro --atualmente em "BBB".

Em busca de uma reaproximação com o mercado, Dilma disse ainda que o papel dos bancos públicos será modificado para dar mais espaço aos mecanismos privados de crédito, mas não deu detalhes de quando e como isso será feito.


Ela voltou a defender que o modelo de crescimento pelo consumo no Brasil não está esgotado e aproveitou a oportunidade para convocar investidores estrangeiros e nacionais a continuar colocando dinheiro no Brasil.

"O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios. Nosso sucesso nos próximos anos estará associado à parceria com os investidores do Brasil e de todo mundo."

"Meu governo adotou medidas para estreitar ainda mais essa relação. Aspectos da conjuntura recente não devem obscurecer essa realidade", acrescentou.

Defesa dos emergentes

Para Dilma, são precipitadas as análises de curto prazo que apontam um declínio dos mercados emergentes após a retomada do crescimento nos países desenvolvidos. "É apressada a tese segundo a qual, depois da crise, as economias emergentes serão menos dinâmicas", disse.

"Serão muito dinâmicas porque lá estão grandes oportunidades, até porque os fluxos atuais de investimento e comércio e as elevadas taxas de emprego e o horizonte de oportunidades destas economias apontam em outra direção, na direção das oportunidades", argumentou.

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São Paulo - A presidente Dilma Rousseff procurou fazer, nesta sexta-feira, uma defesa dos fundamentos econômicos do Brasil durante discurso no Fórum Econômico Mundial, convocando investidores a acreditar no país e afirmando que o papel dos emergentes continuará a ser estratégico para a economia mundial.

"O controle da inflação e o equilíbrio das contas públicas são requisitos essenciais para assegurar a estabilidade", afirmou Dilma em sua primeira participação no fórum na Suíça desde que assumiu a Presidência.

"A inflação no Brasil permanece sob controle... Os resultados obtidos até aqui estão dentro do intervalo admitido por este regime monetário. Reitero que buscamos com determinação a convergência para o centro da meta inflacionária", prosseguiu.

A presidente também defendeu as contas públicas, que têm sido alvo de críticas pela falta de clareza do governo. "A responsabilidade fiscal, por sua vez, é um princípio basilar da nossa visão de desenvolvimento econômico e social. No Brasil, as despesas correntes do governo federal estão sob controle", disse.

Sem entrar em mais detalhes, Dilma afirmou que o Brasil definirá uma meta superávit primário para 2014 "consistente com essa tendência de redução do endividamento público".

Nos últimos meses, o Brasil tem convivido com a possibilidade das agências de avaliação de risco reduzirem a nota de crédito do país. No ano passado, a Standard & Poor's rebaixou para negativa a perspectiva para o rating brasileiro --atualmente em "BBB".

Em busca de uma reaproximação com o mercado, Dilma disse ainda que o papel dos bancos públicos será modificado para dar mais espaço aos mecanismos privados de crédito, mas não deu detalhes de quando e como isso será feito.


Ela voltou a defender que o modelo de crescimento pelo consumo no Brasil não está esgotado e aproveitou a oportunidade para convocar investidores estrangeiros e nacionais a continuar colocando dinheiro no Brasil.

"O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios. Nosso sucesso nos próximos anos estará associado à parceria com os investidores do Brasil e de todo mundo."

"Meu governo adotou medidas para estreitar ainda mais essa relação. Aspectos da conjuntura recente não devem obscurecer essa realidade", acrescentou.

Defesa dos emergentes

Para Dilma, são precipitadas as análises de curto prazo que apontam um declínio dos mercados emergentes após a retomada do crescimento nos países desenvolvidos. "É apressada a tese segundo a qual, depois da crise, as economias emergentes serão menos dinâmicas", disse.

"Serão muito dinâmicas porque lá estão grandes oportunidades, até porque os fluxos atuais de investimento e comércio e as elevadas taxas de emprego e o horizonte de oportunidades destas economias apontam em outra direção, na direção das oportunidades", argumentou.

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