Em comissão, Barbosa diz que não há base para impeachment
Barbosa afirmou que o processo deve se basear em fatos do atual mandato, ou seja, a partir de 2015
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2016 às 14h55.
Brasília - O ministro da Fazenda , Nelson Barbosa , saiu nesta quinta-feira, 31, em defesa da presidente da República, Dilma Rousseff , na comissão que julga o pedido de impeachment da presidente. "Não há base para o pedido de impedimento da presidente da República", disse o ministro.
O atua dirigente da Fazenda disse que realizaria uma fala baseada nos três pontos principais acolhidos pelo presidente da Câmara , deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Entre os primeiros argumentos do ministro contra o impeachment, Barbosa afirmou que o processo deve se basear em fatos do atual mandato, ou seja, a partir de 2015.
A defesa que está sendo realizada por Barbosa também inclui a criação de crédito suplementar, ação que está sendo questionada no processo.
Para o ministro, essas operações não geram aumento de despesas se isso não estiver previsto no decreto de programação financeira e no contingenciamento.
O dirigente da Fazenda disse que a edição dos decretos está de acordo com a legislação vigente. "Nenhum dos seis decretos mencionados modificou a programação financeira de 2015 e não modificou o limite global de gasto discricionário", destacou.
Enquanto explicava o funcionamento da Lei Orçamentária Anual (LOA), Barbosa ressaltou que a maior parte dos decretos foi financiada por anulação de despesas.
O ministro explicou que alguns pedidos de crédito são baseados em pedidos e citou um pedido do Judiciário, que tinha uma receita excedente. "Isso não significa que o Judiciário não tem um limite financeiro", explicou.
Atos de acordo com exigências
Na avaliação de Barbosa, todos os atos da presidente em 2015 estão de acordo com as exigências do Tribunal de Contas da União (TCU). "Espero mostrar que todos os atos praticados em 2015 estão em perfeito acordo com o TCU", frisou.
Barbosa tem 30 minutos para defender o governo, assim como o outro convidado, o professor de Direito Tributário da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Ricardo Lodi Ribeiro.
No início de sua participação na comissão, mais de 32 parlamentares - entre membros e não membros - haviam se cadastrado para discursar na sessão. Cada deputado tem três minutos para falar.
Indeferido
No início da sessão, o presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), indeferiu mais uma questão de ordem do vice-líder do governo, Paulo Teixeira (PT-SP).
O petista havia requerido nova notificação da presidente Dilma Rousseff e novo prazo de defesa, uma vez que foi retirado dos autos os termos da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS).
Rosso argumentou que Dilma já foi notificada duas vezes (em dezembro e em março) e que não caberia novo prazo. O petista avisou que vai recorrer ao plenário e não ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por considerá-lo o "capitão do golpe".
O vice-líder emendou nova questão de ordem à comissão.
Teixeira argumentou que a denúncia do impeachment não está clara e que é necessário novo prazo de 10 sessões, a partir do final das atividades da comissão, com o envio das notas taquigráficas dos trabalhos do colegiado a Dilma.
O petista argumentou que a defesa sempre se manifesta após a acusação.
Esta é a sétima sessão da comissão especial do impeachment. Na quarta-feira, 30, foram ouvidos os juristas Janaina Paschoal e Miguel Reale Júnior, autores do pedido acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A sessão foi marcada por tumulto entre os parlamentares e um clima de disputa acirrada entre governistas e oposição. Na reunião, os juristas rechaçaram a tese de que pedir o afastamento de Dilma é golpe contra a democracia.
"Estamos diante de um quadro em que sobram crimes de responsabilidade", afirmou Janaina.
A sessão de quinta começou com menos deputados do que na quarta. Na sessão que ouviu o autor do pedido de impeachment, Miguel Reale Júnior tinha, aproximadamente, 60 deputados.
Nesta quinta, o painel da comissão indicava 48 presentes quando o presidente, Rogério Rosso (PSD-DF), iniciou a sessão.
Brasília - O ministro da Fazenda , Nelson Barbosa , saiu nesta quinta-feira, 31, em defesa da presidente da República, Dilma Rousseff , na comissão que julga o pedido de impeachment da presidente. "Não há base para o pedido de impedimento da presidente da República", disse o ministro.
O atua dirigente da Fazenda disse que realizaria uma fala baseada nos três pontos principais acolhidos pelo presidente da Câmara , deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Entre os primeiros argumentos do ministro contra o impeachment, Barbosa afirmou que o processo deve se basear em fatos do atual mandato, ou seja, a partir de 2015.
A defesa que está sendo realizada por Barbosa também inclui a criação de crédito suplementar, ação que está sendo questionada no processo.
Para o ministro, essas operações não geram aumento de despesas se isso não estiver previsto no decreto de programação financeira e no contingenciamento.
O dirigente da Fazenda disse que a edição dos decretos está de acordo com a legislação vigente. "Nenhum dos seis decretos mencionados modificou a programação financeira de 2015 e não modificou o limite global de gasto discricionário", destacou.
Enquanto explicava o funcionamento da Lei Orçamentária Anual (LOA), Barbosa ressaltou que a maior parte dos decretos foi financiada por anulação de despesas.
O ministro explicou que alguns pedidos de crédito são baseados em pedidos e citou um pedido do Judiciário, que tinha uma receita excedente. "Isso não significa que o Judiciário não tem um limite financeiro", explicou.
Atos de acordo com exigências
Na avaliação de Barbosa, todos os atos da presidente em 2015 estão de acordo com as exigências do Tribunal de Contas da União (TCU). "Espero mostrar que todos os atos praticados em 2015 estão em perfeito acordo com o TCU", frisou.
Barbosa tem 30 minutos para defender o governo, assim como o outro convidado, o professor de Direito Tributário da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Ricardo Lodi Ribeiro.
No início de sua participação na comissão, mais de 32 parlamentares - entre membros e não membros - haviam se cadastrado para discursar na sessão. Cada deputado tem três minutos para falar.
Indeferido
No início da sessão, o presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), indeferiu mais uma questão de ordem do vice-líder do governo, Paulo Teixeira (PT-SP).
O petista havia requerido nova notificação da presidente Dilma Rousseff e novo prazo de defesa, uma vez que foi retirado dos autos os termos da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS).
Rosso argumentou que Dilma já foi notificada duas vezes (em dezembro e em março) e que não caberia novo prazo. O petista avisou que vai recorrer ao plenário e não ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por considerá-lo o "capitão do golpe".
O vice-líder emendou nova questão de ordem à comissão.
Teixeira argumentou que a denúncia do impeachment não está clara e que é necessário novo prazo de 10 sessões, a partir do final das atividades da comissão, com o envio das notas taquigráficas dos trabalhos do colegiado a Dilma.
O petista argumentou que a defesa sempre se manifesta após a acusação.
Esta é a sétima sessão da comissão especial do impeachment. Na quarta-feira, 30, foram ouvidos os juristas Janaina Paschoal e Miguel Reale Júnior, autores do pedido acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A sessão foi marcada por tumulto entre os parlamentares e um clima de disputa acirrada entre governistas e oposição. Na reunião, os juristas rechaçaram a tese de que pedir o afastamento de Dilma é golpe contra a democracia.
"Estamos diante de um quadro em que sobram crimes de responsabilidade", afirmou Janaina.
A sessão de quinta começou com menos deputados do que na quarta. Na sessão que ouviu o autor do pedido de impeachment, Miguel Reale Júnior tinha, aproximadamente, 60 deputados.
Nesta quinta, o painel da comissão indicava 48 presentes quando o presidente, Rogério Rosso (PSD-DF), iniciou a sessão.