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Em ato falho, Bolsonaro diz que é "vítima daquilo que prega"

Presidenciável se defendeu da responsabilidade sobre as agressões supostamente praticadas pelos seus eleitores

Bolsonaro: em outras vezes, o presidenciável afirmou ser "vítima daquilo que combate" (Youtube/Band/Reprodução)

Bolsonaro: em outras vezes, o presidenciável afirmou ser "vítima daquilo que combate" (Youtube/Band/Reprodução)

Janaína Ribeiro

Janaína Ribeiro

Publicado em 11 de outubro de 2018 às 22h31.

Última atualização em 11 de outubro de 2018 às 22h35.

Na noite desta quinta-feira, 11, o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) concedeu entrevista à rádio CBN e entre os assuntos debatidos com os jornalistas, se defendeu da responsabilidade sobre as agressões supostamente praticadas pelos seus eleitores aos não simpatizantes do seu possível governo. Em ato falho, o candidato disse: "sou vítima daquilo que prego".

"São 48 milhões de pessoas que votaram em mim. Você quer que eu me responsabilize por elas? Eu lamento, mas quem levou a facada fui eu", afirmou. "Sou vítima do que eu prego. Lamento e gostaria que não houvesse [os ataques], mas não posso me responsabilizar".

Em outras entrevistas concedidas a diferentes veículos após o atentado que sofreu em Minas Gerais, por diversas vezes o presidenciável afirmou ser "vítima daquilo que combate" - diferente da declaração dada hoje.

Bolsonaro também afirmou que existe a possibilidade de não ir aos próximos debates mesmo com liberação médica por uma questão de "estratégia eleitoral", justificando que não existe diferença entre falar com Haddad e um "ventríloquo".

"Você vai debater com uma pessoa que não é ela, mas sim com alguém que está num presídio [em referência ao ex-presidente Lula].

Ainda em entrevista, Bolsonaro disse estar satisfeito com o resultado do primeiro turno já que segundo ele, não teve tempo de TV, nem fundo partidário e ainda enfrentou muitas fake news.

 

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