Brasil

MELHORES E MAIORES 50 anos: em 1992, o impeachment de Collor roubou a cena e não contribuiu com a hiperinflação

Um novo acordo com o FMI foi costurado naquele ano, no qual a inflação chegou a 1.158%

 (ANTONIO SCORZA/AFP/Getty Images)

(ANTONIO SCORZA/AFP/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 17 de julho de 2023 às 16h30.

Última atualização em 15 de agosto de 2023 às 15h34.

Brasília e o Brasil entraram em polvorosa assim que as denúncias de Pedro Collor contra seu irmão, Fernando Collor, e o empresário e tesoureiro de campanha do presidente, PC Farias, vieram à tona. Uma CPI para apurar tudo que foi dito foi instaurada em maio de 1992.

O relatório da CPI incriminou o mandatário, o que resultou num pedido de impeachment na Câmara, entregue em setembro por Barbosa Lima Sobrinho.

No mesmo mês, o Congresso aprovou o afastamento do presidente, abrindo caminho para o vice-presidente Itamar Franco, que assumiu interinamente o Palácio do Planalto em outubro.

Collor renunciaria ao mandato só em dezembro, quando o Senado cassou seus direitos políticos por oito anos.

No meio-tempo, PC Farias foi indiciado por nove crimes, incluindo corrupção, falsificação, exploração de prestígio e formação de quadrilha.

A economia não ia bem, como todo mundo sabe. Em janeiro, o então ministro da Fazenda Marcílio Marques Moreira assinou uma nova carta de intenção com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e obteve um empréstimo de US$ 2 bilhões, em seis parcelas.

Com a crise provocada pelo impeachment de Collor, o programa, que previa a redução drástica da hiperinflação, foi suspenso – do montante previsto, só US$ 170 milhões chegaram ao país.

Moreira deixou o comando do Ministério da Fazenda em outubro, sendo substituído por Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho. Este se manteve no cargo só até dezembro, quando passou a pasta para as mãos de Paulo Roberto Haddad.

No acumulado do ano, a inflação chegou a 1.158%. Enquanto a economia brasileira patinava e o noticiário político pegava fogo, os Estados Unidos, o México e o Canadá colhiam os primeiros frutos do North American Free Trade Agreement (Nafta). A zona de livre comércio que abrange os três países foi criada em agosto de 1992.

Em meio a tudo isso, a Método Engenharia levou a melhor no anuário MELHORES E MAIORES, da EXAME. Fundada em 1973, a companhia atua em segmentos diversos. Em 2022, a Método entrou em recuperação judicial.

Contudo, no entretempo, a empresa foi responsável por mais de 35 edifícios comerciais, 17 empreendimentos residenciais, 12 shopping centers e executou mais de 75 obras em hospitais e ambulatórios.

Acompanhe tudo sobre:Melhores e Maiores

Mais de Brasil

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais

Rodovia de acidente que deixou 22 mortos em Minas Gerais é a mais fatal no país