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Eleições dificultam união de centrais no 1º de Maio, diz CUT

Central realizará um ato em São Paulo junto com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)


	Passeata de centrais em SP: Força Sindical, que tem sido bastante crítica ao governo, celebrará o primeiro de maio em um evento diferente da CUT
 (Marcelo Camargo/ABr)

Passeata de centrais em SP: Força Sindical, que tem sido bastante crítica ao governo, celebrará o primeiro de maio em um evento diferente da CUT (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 18h42.

São Paulo - O presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT-SP), Adi dos Santos Lima, afirmou nesta terça-feira, 29, que, apesar do esforço da Central em realizar um ato totalmente unificado no dia 1º de maio, o fato de 2014 ser um ano eleitoral "dificultou" a união dos sindicalistas. "Fizemos um esforço muito grande para fazer um ato totalmente unificado, em defesa da pauta da classe trabalhadora, mas estamos em um ano eleitoral e isso dificultou nossa tarefa", afirmou.

No Dia do Trabalho, a CUT realizará um ato em São Paulo, no Vale do Anhangabaú, no centro, junto com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). A festa da CUT deve reunir também representantes da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Já Força Sindical, que tem sido bastante crítica ao governo, celebrará a data em outro evento na Praça Campo de Bagatelli, zona norte da capital.

Sem citar diretamente a Força Sindical, Adi, da CUT, fez críticas à entidade pelos convites aos adversários da presidente Dilma Rousseff. "Tem central que decidiu levar ao palco candidato que defende um projeto diferente do projeto que defendemos, que é o que leva em consideração os anseios da classe trabalhadora", disse. A Força convidou os prováveis candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). De acordo com as assessorias dos políticos, os dois devem comparecer ao evento.

"O que não deu unidade foi a questão eleitoral. Não convidamos nem convidaríamos o Aécio Neves, por exemplo. Não se trata apenas de questão partidária e, sim, da pauta da classe trabalhadora, com os direitos que queremos preservar e a pauta que queremos conquistar", afirmou o dirigente da CUT-SP.

Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, o convite aos prováveis candidatos não é uma questão partidária. "É um espaço dos trabalhadores e é importante para conhecer o que eles pensam, para saber se podemos votar ou não, e até para poder cobrar depois, caso algum deles ganhe", afirmou. Segundo o sindicalista, a fala dos políticos "aumenta o comprometimento deles com os trabalhadores".

Juruna defende ainda que é importante abrir a festa de 1º de maio "para o debate político". "Esconder isso dos trabalhadores é um erro", afirmou.

Apesar de ter sido convidada pelas centrais para participar das festas, até o momento, a presença da presidente Dilma Rousseff não foi confirmada. É provável que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, seja o representante de Dilma nos atos. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, também deverá comparecer aos dois eventos.

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