Vélez defendeu trocas no MEC e diz que ex-presidente do Inep "puxou tapete" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de março de 2019 às 12h08.
Última atualização em 27 de março de 2019 às 13h31.
Brasília — O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou que as mudanças no aparelho administrativo do MEC têm sido pautadas por critérios administrativos. Em três semanas, 15 exonerações foram realizadas.
Ele atribuiu a saída do presidente do Inep, Marcus Vinicius Rodrigues, a uma reação à decisão de alterar unilateralmente medidas na área de educação básica.
"Ele puxou o tapete. Mudou um acordo e não me consultou. Ele se alicerçou em pareceres técnicos que não foram debatidos", disse.
Vélez rebateu a afirmação de Rodrigues de que reuniões não eram realizadas. "Isso não é verdade. Reuniões estão sendo feitas para alinhavar as políticas."
O ministro disse que as mudanças na equipe ocorrem para atender a exigências administrativas. "Mas as linhas mestras continuam. As Secretaria de Educação Básica, a Seres, já têm um enorme cabedal de trabalho", disse.
"A máquina administrativa está funcionando".
Questionado por deputados sobre a ligação com o escritor Olavo de Carvalho, ele afirmou: "Valorizo as ideias de formação humanística a partir da leitura de obras literárias.
As análises políticas, as brigas são outros quinhentos, não tomo conhecimento disso. Só me interessa resgatar a tradição humanística que não é uma proposta nova."