Exame Logo

Duas das cinco linhas do Metrô de SP operam normalmente

Duas das cinco linhas do Metrô de São Paulo estão funcionando normalmente, apesar da greve dos metroviários

Estação da Linha Amarela do metrô de SP: não houve paralisação na Linha Amarela (Marco Prates / EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 09h40.

São Paulo -Duas das cinco linhas do Metrô de São Paulo estão funcionando normalmente na manhã de hoje (5), apesar da greve dos metroviários, informou a companhia.

As demais linhas operam parcialmente.

Segundo o Sindicato dos Metroviários, a circulação parcial está sendo possível porque supervisores foram convocados para operar os trens.

O sindicato também avalia, no entanto, que isso pode colocar em risco a segurança dos passageiros, pois os supervisores não estão preparados para desempenhar a atividade.

A companhia Metrô de São Paulo informou, no entanto, que a operação está sendo feita por trabalhadores que não aderiram ao movimento.

Os metroviários pedem um reajuste de 16%, mas até o momento o governo oferece 8,7%.

“Iniciamos pedindo 35%, que é a inflação dos últimos 12 meses [7,5%] e os três anos de produtividade, calculado pelo Dieese, pelo aumento dos usuários do metrô”, explicou Fernandes.

Ele destacou que a categoria reduziu a proposta para 16%, considerando apenas a produtividade de um ano, mas que ainda assim, não houve avanço na negociação.

A Linha 4 – Amarela, que liga bairros da zona oeste ao centro, é administrada pela Via Quatro, por meio do regime de concessão e por isso não houve paralisação.

Os trens da Linha 5 – Lilás, que ligam bairros da zona sul, também circulam em todas as estações.

A Linha 1 – Azul, que opera da zona norte à zona sul, funciona entre as estações Ana Rosa e Luz. A Linha 2 – Verde, que vai da zona oeste à sul, opera entre as estações Ana Rosa e Clínicas.

Os trens da Linha 3 – Vermelha, que servem aos moradores da zona leste, circulam apenas entre as estações Bresser e Santa Cecília, o que representa menos de um terço do itinerário.


O secretário-geral do Sindicato dos Metroviários, Alex Fernandes, declarou que a adesão chega a 98% da categoria e só não é completa, porque supervisores assumiram as atividades.

“Quem votou na assembleia pela paralisação, está de braços cruzados”, apontou.

Ele destacou que, até o momento, não houve tentativa de negociação por parte do governo estadual.

“O que temos é uma audiência no TRT [Tribunal Regional do Trabalho]. Desde a semana passada, a empresa já provocou a Justiça. A categoria não quer negociar com a amarra do tribunal”, criticou.

O TRT determinou que o sistema de transporte opere 100% no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h).

Ou seja, que garanta o funcionamento total no horário de maior movimento das linhas, e o funcionamento de 70% nos demais horários, sob risco de multa diária de R$ 100 mil.

O sindicato informou que o cumprimento da decisão judicial vai ser debatido entre os trabalhadores em assembleia prevista para as 17h de hoje na sede do sindicato, no Tatuapé.

O fechamento de estações do metrô prejudicou o funcionamento da Linha 11 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Na estação Corinthians – Itaquera, houve tumulto porque os passageiros que pegariam o trem foram impedidos de entrar.

A CPTM informou que às 7h40 as portas foram abertas e a linha circula normalmente.

A companhia estendeu a operação da Linha 7, que vai até a Barra Funda, na região central, até o Brás.

As transferências entre metrô e trem ocorrem nas estações Santo Amaro, Pinheiros, Brás e Luz.

A São Paulo Transportes (SPTrans), empresa municipal responsável pela operação dos ônibus, reforçou a frota das linhas que operam com destino às estações de metrô.

Além disso, criou três linhas especiais para atender os passageiros que pegariam a Linha 3 – Vermelha, na zona leste.

São Paulo - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga 19 empresas desde o começo de julho. Sobre elas, pesa uma acusação comum: o envolvimento com um esquema de cartel em licitações ligadas às linhas de trem e metrô em São Paulo e Brasília. O acordo entre as empresas teria vigorado entre 1998 e 2008. Entre elas, haveria gigantes do ramo – como a Siemens e a Bombardier. Segundo as regras do cartel, a firma que ganhava os contratos abria mão de partes das obras em favor das concorrentes.  Ontem, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) anunciou que uma equipe de 10 promotores vai investigar se houve envolvimento de funcionários públicos no esquema. Tanto as investigações do MP-SP quanto do Cade correm em sigilo. Em nota, o último órgão revelou alguns dos contratos que estariam sob investigação. Com base em dados dos contratos obtidos pelo jornal Estado de São Paulo, chega a quase R$ 2 bilhões a soma em valores atualizados do dinheiro envolvido em apenas cinco das licitações possivelmente fraudadas. Clique nas fotos a seguir e veja quais são elas.
  • 2. Construção da Linha 5 (fase 1) do metrô de São Paulo

    2 /5(Wikimedia Commons)

  • Veja também

    Contrato: agosto de 2000 Valor total: R$ 404 milhões Valor total atualizado: R$ 735 milhões
  • 3. Concorrências para a manutenção de trens da CPTM

    3 /5(Wikimedia Commons)

  • Contratos: entre 2001 e 2002 Valor total: R$ 275,6 milhões Valor total atualizado: R$ 483,9 milhões
  • 4. Extensão da Linha 2 do metrô de São Paulo

    4 /5(Creative Commons)

    Contrato: maio de 2005 Valor total: R$ 143,6 milhões Valor total atualizado: R$ 202,7 milhões
  • 5. Veja agora seis filmes que abordam a ação de corruptos no país

    5 /5(Divulgação)

  • Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEmpresasEmpresas estataisEstatais brasileirasGrevesMetrô de São PauloMetrópoles globaismobilidade-urbanasao-pauloTransporte públicotransportes-no-brasil

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Brasil

    Mais na Exame