Doleiro diz que levou dinheiro para deputado do PP mineiro
Alberto Youssef afirmou que entregou dinheiro para Luiz Fernando Faria, que teria indicado empresa de mineração e construção para obras em refinaria
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2015 às 17h52.
São Paulo e Curitiba - O doleiro Alberto Youssef, em delação premiada, afirmou que entregou dinheiro para o deputado Luiz Fernando Faria (PP/MG) - o parlamentar teria participado do esquema de propinas na Petrobras e indicado a contratação de uma empresa de mineração e construção pesada para as obras da refinaria Premium I, no Maranhão.
O relato de Youssef foi gravado em vídeo pelos investigadores da força tarefa da Operação Lava Jato .
Luiz Fernando é alvo de inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O deputado do PP é um dos 50 políticos sob suspeita.
"O deputado Luiz Fernando eu conheço sim. Eu sempre que fui levar dinheiro a Brasília, na casa do líder do partido (PP), dinheiro este que era arrebanhado pelo comissionamento das obras da Petrobras, eu vi o Luiz Fernando indo retirar valores com o líder na casa dele", afirmou o doleiro, em depoimento de fevereiro de 2015.
Quando fala em "líder do partido", o doleiro se refere ao ex-deputado José Janene, que morreu em 2010. Janene foi réu do mensalão, a ação penal 470 do Supremo Tribunal Federal. Alberto Youssef disse.
"Ou ele (Luiz Fernando) estava presente, ou demorava um pouquinho, ele chegava. Ele era um dos deputados que eram contemplados com valores mensalmente, oriundos desta arrecadação vindas das obras da Petrobras."
Youssef disse que não sabe "precisar valores". "Não sei o tamanho dos valores que ele retirava. Sei que era um dos contemplados."
Um dos investigadores perguntou ao doleiro quantas vezes ele se encontrou com o parlamentar do PP. "Várias. Todas as vezes que eu fui lá eu o encontrei. Muitas vezes era o Rafael Angulo que ia." - Ângulo é apontado como 'carregador de malas' de Youssef.
Foi perguntado ao doleiro sobre o local de entrega do dinheiro. Ele disse que o primeiro encontro foi na casa de Janene. "Depois, na casa do deputado João Pizzolatti (PP/SC).
Às vezes ele não estava, eu encontrava na casa do Mario Negromonte (ministro das Cidades do governo Dilma Rousseff). No apartamento funcional, todos eles. Inclusive quando ministro."
Sobre o deputado Luiz Fernando, o doleiro disse. "Acredito que ele deva ter um relacionamento bom, porque a empresa (indicada para as obras da refinaria Premium I) é do seu Estado."
Youssef declarou que "viu Luiz Fernando retirando dinheiro em espécie, mas não sabe quanto ele retirou".
Em fevereiro, quando seu nome foi citado pela primeira vez no esquema Petrobras, o deputado Luiz Fernando (PP/MG) rechaçou, por meio de sua assessoria de imprensa, a informação de que teria participado da indicação de uma empresa para as obras da refinaria no Maranhão, orçada em R$ 20 bilhões.
Ele negou também ter recebido valores ilícitos e destacou sua "longa e imaculada vida pública".
"O deputado Luiz Fernando Faria repudia veementemente a pretensa insinuação de que tenha participado de eventual esquema para contratação de empresa prestadora de serviços na Petrobras, esclarecendo não serem verdadeiras as supostas afirmações contidas em depoimento do senhor Alberto Youssef quanto à sua pessoa. Esclarece, por fim, nunca ter recebido valores ilícitos e que sempre pautou sua longa e imaculada vida pública por princípios e limites éticos."
São Paulo e Curitiba - O doleiro Alberto Youssef, em delação premiada, afirmou que entregou dinheiro para o deputado Luiz Fernando Faria (PP/MG) - o parlamentar teria participado do esquema de propinas na Petrobras e indicado a contratação de uma empresa de mineração e construção pesada para as obras da refinaria Premium I, no Maranhão.
O relato de Youssef foi gravado em vídeo pelos investigadores da força tarefa da Operação Lava Jato .
Luiz Fernando é alvo de inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O deputado do PP é um dos 50 políticos sob suspeita.
"O deputado Luiz Fernando eu conheço sim. Eu sempre que fui levar dinheiro a Brasília, na casa do líder do partido (PP), dinheiro este que era arrebanhado pelo comissionamento das obras da Petrobras, eu vi o Luiz Fernando indo retirar valores com o líder na casa dele", afirmou o doleiro, em depoimento de fevereiro de 2015.
Quando fala em "líder do partido", o doleiro se refere ao ex-deputado José Janene, que morreu em 2010. Janene foi réu do mensalão, a ação penal 470 do Supremo Tribunal Federal. Alberto Youssef disse.
"Ou ele (Luiz Fernando) estava presente, ou demorava um pouquinho, ele chegava. Ele era um dos deputados que eram contemplados com valores mensalmente, oriundos desta arrecadação vindas das obras da Petrobras."
Youssef disse que não sabe "precisar valores". "Não sei o tamanho dos valores que ele retirava. Sei que era um dos contemplados."
Um dos investigadores perguntou ao doleiro quantas vezes ele se encontrou com o parlamentar do PP. "Várias. Todas as vezes que eu fui lá eu o encontrei. Muitas vezes era o Rafael Angulo que ia." - Ângulo é apontado como 'carregador de malas' de Youssef.
Foi perguntado ao doleiro sobre o local de entrega do dinheiro. Ele disse que o primeiro encontro foi na casa de Janene. "Depois, na casa do deputado João Pizzolatti (PP/SC).
Às vezes ele não estava, eu encontrava na casa do Mario Negromonte (ministro das Cidades do governo Dilma Rousseff). No apartamento funcional, todos eles. Inclusive quando ministro."
Sobre o deputado Luiz Fernando, o doleiro disse. "Acredito que ele deva ter um relacionamento bom, porque a empresa (indicada para as obras da refinaria Premium I) é do seu Estado."
Youssef declarou que "viu Luiz Fernando retirando dinheiro em espécie, mas não sabe quanto ele retirou".
Em fevereiro, quando seu nome foi citado pela primeira vez no esquema Petrobras, o deputado Luiz Fernando (PP/MG) rechaçou, por meio de sua assessoria de imprensa, a informação de que teria participado da indicação de uma empresa para as obras da refinaria no Maranhão, orçada em R$ 20 bilhões.
Ele negou também ter recebido valores ilícitos e destacou sua "longa e imaculada vida pública".
"O deputado Luiz Fernando Faria repudia veementemente a pretensa insinuação de que tenha participado de eventual esquema para contratação de empresa prestadora de serviços na Petrobras, esclarecendo não serem verdadeiras as supostas afirmações contidas em depoimento do senhor Alberto Youssef quanto à sua pessoa. Esclarece, por fim, nunca ter recebido valores ilícitos e que sempre pautou sua longa e imaculada vida pública por princípios e limites éticos."