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ÀS SETE - Nesta terça-feira, a Câmara dos Deputados rejeitou a proposta de mudança do sistema de eleição de deputados e vereadores, o chamado “distritão”

Câmara: a proposta de mudança teve apenas 205 votos dos 308 necessários para aprovar a emenda à Constituição (Ueslei Marcelino/Reuters)

Câmara: a proposta de mudança teve apenas 205 votos dos 308 necessários para aprovar a emenda à Constituição (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2017 às 06h30.

Última atualização em 20 de setembro de 2017 às 07h34.

Distritão não passa

A Câmara dos Deputados rejeitou na noite desta terça-feira a proposta de mudança do sistema de eleição de deputados e vereadores, o chamado “distritão”, um dos principais pontos da reforma política. A proposta de mudança teve apenas 205 votos dos 308 necessários para aprovar a emenda à Constituição.

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Sem a mudança, é cada dia mais provável que o Congresso não aprove nenhuma alteração no sistema eleitoral para 2018. Nesta quarta-feira a Câmara tentará votar o fim das coligações e novas regras para barrar legendas com poucos votos nas urnas. O fundo público para financiamento de campanhas ainda não foi apreciada pelo plenário.

Carta ao acionista

O frigorífico JBS divulgou nesta terça-feira uma carta em que afirma que poderá tomar “medidas legais” contra Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, em razão de declarações feitas contra a companhia. Na carta, segundo a JBS, Rabello de Castro teria incorrido em crimes de manipulação de mercado e abuso de minoria.

O objetivo das eventuais medidas, segundo a companhia, seria a proteção dos acionistas. “O comportamento [do presidente do BNDES], anteriormente descrito, pode configurar violação ao art. 115 da Lei 6.404/1976, que impõe a todos os acionistas, inclusive não controladores, o dever de agir no interesse da companhia, sendo responsáveis pelos danos que lhe forem causados”, diz o documento, divulgado pela assessoria de imprensa da JBS.

A família Batista é a maior controladora da empresa, com 42% das ações. O BNDES é o segundo principal sócio, com 21% dos papéis.

Temer na ONU

O presidente Michel Temer fez nesta terça-feira o discurso inaugural da Assembleia-Geral da ONU em Nova York. Ignorando a denúncia criminal contra ele, a corrupção e a crise política, o peemedebista focou o desenvolvimento sustentável e a melhora dos indicadores econômicos do país.

Ressaltou que o Brasil voltou a gerar empregos e está em rota de retomada de crescimento, registrando melhora nos PIBs trimestrais deste ano. Sobre o clima, disse: “Seguiremos empenhados na defesa do Acordo de Paris. No ano passado, aqui mesmo em Nova York, depositei o instrumento de ratificação do acordo pelo Brasil. Essa é matéria que não comporta adiamentos”.

Temer afirmou ainda que o desmatamento na Amazônia diminuiu 20%. O Ministério do Meio Ambiente, porém, disse desconhecer o número.

O dado foi retirado incorretamente da pesquisa do Instituto Imazon. “Os dados que o Imazon mede mensalmente podem indicar uma tendência. Portanto, é possível que o desmatamento caia. Mas não podemos dizer 20% porque não temos a precisão que essa afirmação exige”, disse Paulo Barreto, pesquisador associado do Imazon, em entrevista à BBC Brasil.

Enquanto isso, no Brasil

O presidente Michel Temer bateu nesta terça-feira o recorde de avaliação negativa de presidentes da República na série histórica da pesquisa de opinião CNT/MDA, iniciada em julho de 1998. O governo do peemedebista é rejeitado por 75,6% dos entrevistados, batendo a marca de Dilma Rousseff, que alcançou 70,9% em julho de 2015.

O governo é aprovado por 3,4%. Individualmente, seu desempenho como presidente é ainda pior, desaprovado por 84,5% — 10,1% o consideram um bom presidente.

A pesquisa mediu também as intenções de voto para presidente em 2018. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o líder em todos os cenários.

Nas pesquisas espontâneas, sem indicar quais os candidatos, Lula tem 20% das preferências. Nos cenários montados pela pesquisa, ele lidera com cerca de 29% em todos eles.

Mudança de ares

A atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, modificou oito nomes do Grupo de Trabalho da Operação Lava-Jato na PGR, mantendo apenas dois procuradores da gestão de Rodrigo Janot. Maria Clara Barros Noleto e Pedro Jorge do Nascimento Costa foram os remanescentes.

Os novos nomes são José Alfredo de Paula Silva, coordenador do GT, Herbert Reis Mesquita, José Ricardo Teixeira Alves, Luana Vargas Macedo, Marcelo Ribeiro de Oliveira e Raquel Branquinho.

As funções são as mesmas do grupo anterior, com dedicação exclusiva à Lava-Jato: tomar depoimentos, firmar acordos de delação premiada e auxiliar na produção de provas para integrar as denúncias perante o Supremo Tribunal Federal para investigados com foro privilegiado.

Lula réu

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tornou-se réu nesta terça-feira por suposta participação na “venda” da Medida Provisória nº 471, de 2009, que prorrogou os incentivos fiscais para montadoras nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Segundo a acusação do MPF, Lula e o ex-ministro Gilberto Carvalho receberam 6 milhões de reais em troca de benefícios à Caoa (Hyundai) e à MMC Automotores (Mitsubishi do Brasil).

Também respondem ao processo os lobistas Mauro Marcondes e Alexandre Paes dos Santos, o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva e os executivos Carlos Alberto de Oliveira Andrade e Paulo Arantes Ferraz. A denúncia foi recebida pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília.

Terremoto no México 

Um novo terremoto de magnitude 7.1 atingiu a região sul do México, no estado de Puebla, e já deixou pelo menos 248 mortos, segundo o governo mexicano. O terremoto também foi sentido na capital, Cidade do México.

Pelo menos 44 edifícios foram derrubados. O tremor também causou cortes no serviço elétrico, vazamentos de gás e interrompeu o serviço de telefonia e as linhas de metrô, assim como a bolsa do México. No dia 7 de setembro, outro terremoto havia deixado 98 mortos no país.

Furacão Maria

A região central do continente americano não vai descansar tão cedo dos desastres naturais. O furacão Maria atingiu, nesta terça-feira, a região do Caribe, uma semana depois do furacão Irma ter devastado algumas ilhas.

Classificado como categoria 5 (a mais forte), o furacão, com ventos de 240 quilômetros por hora, tocou o solo da ilha Dominica e provocou uma devastação generalizada.

Na ilha de Guadalupe, uma morte já foi registrada e cerca de 80.000 residências estão sem energia elétrica. Depois, o furacão avançou para Porto Rico e Ilhas Virgens norte-americanas.

Trump ameaça Coreia do Norte

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez nesta terça-feira um dos discursos mais polêmicos dos 70 anos da Assembleia das Nações Unidas ao dizer que irá “destruir completamente a Coreia do Norte”, caso o ditador Kim Jong-un, líder do regime, continue em sua “missão suicida”.

Nada parecido havia sido visto desde 1964, quando o então diplomata cubano Ernesto Che Guevara subiu ao púlpito para dizer que “fuzilamos e seguiremos fuzilando enquanto seja necessário”. À sua maneira, Trump também estendeu a mão a líderes de países aliados.

“Trazer uma vida melhor para a população também requer que trabalhemos juntos em harmonia e unidade a fim de criar um futuro seguro e pacífico para todas as pessoas”, disse.

“Eu sempre irei colocar a ‘América Primeiro’ e vocês, líderes de países, deveriam sempre colocaram seus países em primeiro lugar”.

Putin: homenagem a Kalashnikov

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, inaugurou, nesta terça-feira, um monumento Mikhail Kalashnikov, inventor do fuzil AK-47. A arma mais letal do mundo foi inventada há mais de 60 anos, com o intuito de “proteger a Rússia”, conforme dito pelo seu criador.

Durante este período, cerca de 70 milhões de unidades foram produzidas, e a arma circulou por 50 países. Mas a arma não é famosa somente na Rússia.

Nações da África registraram suas homenagens ao artefato em suas próprias bandeiras. Kalashnikov afirmou diversas vezes que se orgulhada de sua criação, mas que lamentava vê-la sendo usada por criminosos e crianças soldados.

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