Dilma Rousseff: reunião de Dilma com a FNP também será realizada com diferentes expectativas de ambos os lados (Valter Campanato/ABr/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2015 às 17h03.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff tem agendada para a quarta-feira, 8, às 11 horas, no Palácio do Planalto, uma reunião com representantes da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), que estão esta semana em Brasília no III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável.
A ideia era que a presidente participasse do evento, que reúne mais de 400 prefeitos de cidades grandes e médias do País até esta quinta-feira, 09, mas a Presidência decidiu agendar a audiência fechada com os dirigentes da entidade municipalista.
A reunião com a comitiva de 14 prefeitos, liderada pelo atual presidente da FNP, José Fortunati, prefeito de Porto Alegre, licenciado do PDT, e por Márcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte, do PSB, que assumirá o comando da entidade amanhã à noite, 08, terá três temas prioritários: a renegociação das dívidas dos municípios com a União, o subfinanciamento da Saúde e as desonerações para o transporte público urbano.
O encontro de Dilma e os representantes da Frente Nacional dos Prefeitos ocorre em meio a mais uma crise na articulação política do governo petista.
A articulação do governo federal com os prefeitos é de responsabilidade da Subsecretaria de Assuntos Federativos (SAF), subordinada a Pepe Vargas, da Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
Vargas ficou contrariado com o convite feito por Dilma ao peemedebista Eliseu Padilha para que trocasse a Aviação Civil por sua pasta e poderá deixar a pasta.
Padilha declinou do convite para assumir a SRI, o que foi visto como mais uma falta de tato do governo no trato de sua articulação política. Além disso, provocou uma crise com o até agora titular da pasta.
A reunião de Dilma com a FNP também será realizada com diferentes expectativas de ambos os lados: em período de ajuste fiscal, o governo federal tem muito pouco a oferecer e os prefeitos têm muitas reivindicações que esbarram no duro ajuste de contas liderado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.